Na era da inteligência artificial, SAP Brasil foca na personalização e segurança dos dados para impulsionar negócios.
Durante o SAP Now, evento que reúne líderes e especialistas em tecnologia e inovação em São Paulo, a SAP discutiu suas próximas estratégias para o mercado brasileiro.
Em entrevista ao IT Forum, Junior Freitas, vice-presidente de Business Technology Platform da SAP Brasil, detalhou como a empresa está conduzindo a migração de clientes para a nuvem e usando inteligência artificial (IA) para impulsionar negócios.
A SAP BTP, de acordo com Freitas, é a plataforma que integra todas as soluções de negócios da SAP. A empresa, que historicamente se posicionou como uma gigante dos sistemas de gestão empresarial, já faz um tempo redireciona sua estratégia para o ambiente de nuvem. A lógica, explica o executivo, é simples: para que a SAP possa garantir inovações como inteligência artificial e segurança de dados, é imprescindível que seus clientes operem nas mesmas versões atualizadas de sistemas, o que se torna viável por meio de uma nuvem gerenciada.
Freitas ressalta que a BTP não é apenas uma solução de infraestrutura, mas uma plataforma robusta que oferece 97 serviços, que variam de desenvolvimento de aplicações (desde codificação tradicional até low code) a integração entre sistemas e gestão de dados analíticos. “Tudo que uma empresa precisa de suporte tecnológico está conectado na BTP”, afirma. A proposta é simplificar a gestão de tecnologia, deixando que as empresas se concentrem nos processos de negócios.
O vice-presidente destaca que o mercado brasileiro tem se mostrado receptivo à adoção de novas tecnologias. “O brasileiro adota a tecnologia muito rápido”, observa. Freitas menciona que, apesar de uma certa resistência inicial, a migração para a nuvem já é um caminho praticamente consolidado. A SAP contabiliza mais de 700 clientes no Brasil utilizando a BTP e suas soluções associadas, e globalmente esse número ultrapassa os 22 mil.
Um dos fatores que, segundo Freitas, impulsionam essa adesão é a flexibilidade oferecida pela plataforma, que permite uma entrada mais acessível para empresas de diversos tamanhos. A SAP tem desenhado casos de uso que se adaptam tanto a grandes corporações quanto a pequenos negócios, permitindo que clientes adquiram apenas os módulos necessários para atender suas demandas específicas.
A inteligência artificial também ocupa um espaço central na estratégia da SAP. Freitas enfatiza que a empresa se posiciona como uma provedora de IA para negócios. O diferencial da SAP, segundo ele, está na aplicação prática dos dados que já residem nos sistemas dos seus clientes. São dados de operações de vendas, custos, estoque e finanças, que podem ser utilizados para criar soluções personalizadas de IA. “Temos uma assistente virtual, o Joule, que permite interagir com o sistema e realizar transações com linguagem natural”, explica.
O Joule é um exemplo de como a SAP está incorporando a inteligência artificial generativa nas suas soluções, oferecendo ferramentas para que os clientes desenvolvam seus próprios modelos de IA, sempre em um ambiente seguro. Essa abordagem interna, em que o motor de IA é trazido para dentro da BTP, evita a exposição de dados sensíveis e garante conformidade com normas de segurança.
Apesar do otimismo, Freitas reconhece que há desafios na aplicação de inteligência artificial nos negócios. Muitos projetos, afirma, falham porque são iniciados sem um objetivo claro. Ele observa que, para que haja um retorno de investimento tangível, é essencial que as empresas definam desde o início o que pretendem alcançar. “Começaria pelo fim: onde eu quero chegar?”, questiona.
A recomendação do executivo é que as empresas identifiquem desafios específicos que podem ser resolvidos ou otimizados por IA. Ele dá um exemplo concreto: a automatização de processos de aprovação de reembolso de despesas, que envolve a leitura de recibos de forma inteligente. Quando o uso de IA está alinhado a objetivos claros, como a eficiência de processos, a probabilidade de sucesso é maior.
Olhando para o futuro, a SAP está investindo fortemente em gestão de dados e inteligência artificial. A empresa planeja lançar, já no início do próximo ano, novas funcionalidades que permitirão a construção de aplicações de negócios através de interações em linguagem natural. “Nos próximos anos, queremos transformar a forma como o usuário interage com as soluções”, adianta Freitas.
O foco da gigante alemã continua sendo fornecer tecnologias que não apenas automatizem processos, mas que também ofereçam uma experiência intuitiva e segura para os clientes. O lançamento de Joule em português, previsto para dezembro, é apenas um dos passos que a SAP dá em direção a essa visão.
A estratégia da SAP parece bem definida: combinar a experiência em sistemas de gestão com novas tecnologias de IA para oferecer aos clientes um suporte tecnológico cada vez mais inteligente e integrado. No centro disso tudo, está a nuvem e a crença de que é lá que reside o futuro das empresas.
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