Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Segmento de confecção de roupa deslanchou no mercado de Manaus


 

Setor de confecções profissionais emprega cerca de oito mil pessoas no Amazonas e demanda não para de crescer

 

Na última década, o setor vestuário ganhou força e hoje gera cerca de 8 mil empregos em Manaus. O segmento de confecção de roupa profissional e colegial deslanchou, atendendo a demanda das empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM) e das escolas.

Com a realização da Copa de 2014 na cidade, as expectativas são animadoras. Afinal, dos trabalhadores da construção civil aos garçons, todos precisarão de roupa profissional, a chamada “farda”.

Só a indústria emprega diretamente 108 mil funcionários. O Estado compra aproximadamente 1,5 milhão de camisas para atender à rede pública de ensino, sem contar a rede privada e as oportunidades com o comércio e setor de serviços.

“As empresas precisam de roupa profissional e ninguém encontra isso numa loja”, explica Engels de Medeiros, presidente do Sindicato das Indústrias de Confecção do Amazonas (SindConf).

De acordo com o instrutor dos cursos da área de confecção do Senai, Vanderlúcio Mota, há necessidade de costureira, modelista, cortador, desenhista, supervisor de produção e cronometrista.

“A gente precisa atender um público de confecção de fardamento e roupa profissional muito grande e o Senai está trabalhando nisso. Assim como de moda. Mas como a área de moda ainda é recente, de uns três anos para cá, encontrar profissionais qualificados está pior”.

O Senai oferece dez cursos na área, todos realizados na sede do Polo de Modas, no Alvorada. Hoje o polo possui oito empresas incubadas e recebe apoio de uma rede de parceiros: Sebrae, Senai, Fieam, Afeam. O setor é formado 90% por micro e pequenas empresas e o Sebrae está realizando um projeto com 42 empresas do setor.

 

 

Cursos
Dois cursos têm vagas abertas no momento. Um é o Cortador de Moldes Prontos (190 horas) e o outro é de Costureira Industrial. Eles demoram em média dois meses e tem vagas limitadas. O primeiro tem 18 vagas e o segundo 15. O investimento em ambos é de R$ 150 ou 2x de R$ 75.

“Quem faz o curso de costureira muitas vezes sai direto para o mercado. A gente faz o cadastro e o sindicato encaminha para fazer os testes nas empresas”, contou Mota.

Outro espaço que a pessoa pode buscar para se capacitar é o Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam), que oferece cursos na capital e no interior.

Entre eles, o mais demandado é o de Qualificação Profissional em Corte Costura, em seus diversos segmentos: Corte e Costura em Malharia, em Lycra, Iniciação a Corte e Costura, Moda Praia, Roupas Íntimas, Roupas Sociais, Cama Mesa e Banho e Costura Avançada (destinada ao aprendizado de vestidos de festa, casamentos e roupas finas).

Os cursos são gratuitos. Na Escola Padre Estelio Dalison, unidade do Cetam no São Jorge, 60 alunas estão estudando Iniciação a Corte e Costura. Depois, elas decidem que especialidade cursar.

Em abril, iniciam os cursos de Corte e Costura em Malharia, Cama Mesa e Banho e Costura Avançada para alunos inscritos no início do ano. O Senac também oferece cursos na área de moda e confecção.

Além das unidades do Cetam na capital, a oferta dos cursos de Corte e Costura é realizada nos Centros de Convivência da Família, em parceria com a Secretaria de Estado de Assistência Social, e nas comunidades dos bairros.

 


Área de moda ainda é tímida
Outra frente que ganha espaço no mercado é o de Modas. Moda praia, casual, feminina, fitness e segmento de acessórios. Atualmente 98% do que é consumido nessa área no Amazonas vem de outros estados, principalmente dos polos de Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo e Nordeste. Quanto aos tecidos e demais insumos, estes são trazidos do Sul-Sudeste.

Além da cultura, tem a questão competitividade com as grandes marcas nacionais e internacionais. Mas, aos poucos, a moda Amazonas vai ganhando espaço. Ela segue o caderno de tendências, mas com adaptações para o clima com roupa mais leves, tecidos mais frios e toque da cultura e olhar da região.

“O nosso polo oferece bons preços, produtos com qualidade no caimento, com um corte legal. Temos lojas aptas a vender até para o exterior. Porém, muitos não dão valor aos produtos locais”, disse a criadora de moda, Cristine Batista, da Grife Santa Cris.

 


Destaque
A grife Santa Cris realizará de 4 a 8 de abril a Feira de Moda Vitrine Rosa Roche, com atividades na Livraria Saraiva do Manauara Shopping e Elegance. A programação inclui exposição de marcas, workshops e concurso cultural ‘Vista-se.’

 

 

 

FONTE: http://acritica.uol.com.br/noticias/Segmento-confeccao-deslanchou-m...

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