Modelo mostra criação de Roberto Cavalli da coleção Primavera/Verão 2013 na Semana de Moda de Milão, Itália. Os estilistas apresentaram vestidos leves e fluidos na Semana de Moda de Milão para a mulher econômica que busca um traje atemporal que vai durar mais de uma temporada nessa era da austeridade.
Os estilistas apresentaram vestidos leves e fluidos na Semana de Moda de Milão para a mulher econômica que busca um traje atemporal que vai durar mais de uma temporada nessa era da austeridade.
Vestidos transparentes em tons pastel dominaram os desfiles primavera/verão 2013, que terminaram nesta terça-feira com um apelo à retenção na passarela do estilista Giorgio Armani.
"O nosso trabalho como estilista é sugerir o que as pessoas usam. Qual é o sentido de mostrar 30 peças que não vão para as lojas?", perguntou Armani aos jornalistas.
Executivos da moda reunidos em Milão reconheceram que o ambiente econômico estava ficando mais difícil para os fabricantes de luxo conforme o crescimento desacelera na China e a recessão atinge o sul da Europa.
As vendas de moda italiana devem cair 5,6 por cento este ano, depois de crescimento de 6 por cento no ano passado, de acordo com a Câmara Nacional de Moda Italiana.
O declínio faz a Itália ser o mercado com o pior desempenho em uma indústria de luxo mundial que deverá crescer 7 por cento este ano.
As fabricantes de bens de luxo Salvatore Ferragamo e Prada rejeitaram as preocupações de uma desaceleração acentuada entre os participantes globais com exposição de varejo aos países emergentes.
"Nós acompanhamos a China com grande atenção. Mas a tendência (de crescimento) permanece", disse a presidente-executiva da Ferragamo, Michele Norsa, nos bastidores do desfile de sua marca.
As preocupações econômicas globais transpareceram nas passarelas de Milão, onde a maioria dos estilistas optou por formas usáveis e tons neutros.
A Armani se prendeu a um estilo andrógino para sua coleção, onde as calças fluidas foram cortadas acima do tornozelo e as jaquetas masculinas foram adaptadas para servir como uma luva.
A criadora de tendências Miuccia Prada, no entanto, surpreendeu seu público com uma coleção de inspiração japonesa que confirmou a estilista como uma das mais independentes mentes criativas na indústria.
Prada costurou flores brancas em vestidos que pareciam quimonos, enquanto os sapatos eram ou impossivelmente altos ou substituídos por meias de couro.
"Eu pensei em uma mulher que é forte e doce", disse Prada a repórteres após seu desfile lotado em um teatro em preto-e-branco.
Questionada sobre se as suas criações ousadas poderiam ser encontradas em lojas, Prada disse que tudo o que ela mostrou estaria à venda.
As marcas italianas insistiram no valor do artesanal, uma qualidade pela qual a Itália é famosa.
De Roberto Cavalli a Roccobarocco, os estilistas elaboraram bordados difíceis de copiar pelas chamadas cadeias de fast fashion, ou moda rápida.
Cavalli, conhecido por fazer suas próprias estampas de animais, criou motivos decô para suas vestes em tons naturais.
A chefe criativa da Gucci, Frida Giannini, propôs trajes aristocráticos em cores brilhantes com sapatos combinando. Mangas sino e babados acrescentaram movimento para seus looks sofisticados.
Fonte:http://moda.terra.com.br/moda-no-mundo/milao/semana-de-moda-de-mila...
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