Se para alguns, a crise financeira representa um assombro por si só, para outros tal evento não teve reflexo direto. Em Mato Grosso do Sul, um estado tipicamente agropecuário, com a base econômica amparada pela produção de grãos e de gado de corte, a força do comércio mostra que trabalho é a solução para o momento de cautela e de redução do consumo.
De acordo com estatísticas da Junta Comercial de Mato Grosso do Sul (Jucems), foram abertas 3.579 novas empresas de janeiro a maio de 2009; deste total, 11%, ou 385 empresas, são do setor varejista de vestuário e acessórios. Em segundo lugar, vêm supermercados, mercearias, padarias e açougues, com 335 novas empresas, e o setor de restaurantes, bares e lanchonetes ocupam o terceiro lugar, com a abertura de 286 empresas.
Os preços de alguns itens caíram, como os de alimentos, o que pode explicar o aumento no número de empresas nos setores de supermercados e restaurantes. Somente em Campo Grande, foram abertas 1.289 novas empresas, que estão inseridos no total de 3.579.
Das 1.289 empresas na capital, 152 são do setor varejista de vestuário e acessórios; 117 são restaurantes, bares e lanchonetes, e foram abertos 102 novos supermercados, mercearias, padarias e açougues.
Garantias fiscais
Em nível estadual e também em Campo Grande, o setor de vestuário é o que mais abriu novas empresas. Como estímulo a produção dos itens vendidos neste tipo de comércio, o governador André Puccinelli garantiu em maio passado que o setor têxtil terá 100% de isenção fiscal até dezembro de 2010.
“O estabelecimento da isenção e da alíquota de ICMS foi exaustivamente conversado com os representantes da indústria, com os empresários e com o poder público, de modo a atender todos os interesses”, explica Puccinelli.
Um dos motivos pela manutenção da isenção fiscal, que venceria em dezembro deste ano, é que o setor têxtil gera muitos empregos. No Estado, são 12 mil postos de trabalho no setor, que possui pólos de produção em Campo Grande, Sidrolândia, Mundo Novo, entre outros.
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