Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Setor têxtil investe mais "de olho" no investimento do mercado interno

Fonte:|.monitormercantil.com.br|




Impulsionada pelo crescimento do mercado interno, a indústria
têxtil e de vestuário aumentou os investimentos em produção. Os números
do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) indicam
isso. Os financiamentos para o setor em julho ultrapassaram R$ 1 bilhão.
A marca é quase 60% superior aos R$ 647 milhões emprestados em todo o
ano passado.


Para Ana Cristina da Costa, gerente da área industrial do BNDES, o setor passa por um novo ciclo de investimentos, tentando perseguir o crescimento do consumo interno e
aumentar fatores de competitividade para disputar com os importados,
favorecidos pelo câmbio. Entretanto, o dólar mais barato favorece a
compra de maquinário importado para ampliar capacidade. A Associação
Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) estima que os
investimentos do setor este ano devem dobrar este ano em relação a 2009,
alcançando US$ 2 bilhões.


"Na década de 90, houve renovação do parque fabril, mas os investimentos vinham estáveis até o ano passado. Agora parece que o setor está entrando em um novo ciclo de
investimentos", analisa Ana. Os desembolsos do BNDES para têxteis e
confecções retomaram o patamar de 2008, anterior à crise, quando o banco
liberou R$ 1,34 bilhão para o segmento. No entanto, a maioria das
operações naquele ano era para capital de giro do programa Revitaliza,
criado antes da crise para segmentos que já sofriam com o real
valorizado. Agora, a maior parte dos recursos é para equipamentos.


Para o BNDES, os juros subsidiados do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), de 5,5% ao ano, incentivaram ainda mais o investimento em capacidade. Só nas linhas
indiretas, o banco já financiou R$ 227,8 milhões em máquinas e
equipamentos para a indústria têxtil este ano. Em 2009, essa soma fechou
o ano em R$ 97,3 milhões. As operações diretas, que representam os
maiores projetos, somaram R$ 198,05 milhões em agosto. Em 2009, foram R$
45,9 milhões.


"O crescimento da produção não acompanhou o da demanda. Agora, o investimento fixo cresce para alcançar
o consumo", afirma Ana Cristina. Segundo ela, em vez de disputar preço
com os importados, cujo volume cresceu 50% este ano no segmento, as
empresas investem em elementos como moda e design. "O câmbio ainda é um
problema, mas não apenas para o setor. As empresas estão investindo em
nichos para agregar valor e enfrentar a concorrência asiática. Estão
cada vez mais interessadas em aprofundar a atuação na cadeia, chegando
ao varejo."


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