Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Setor têxtil pede para o Brasil frear benefício ao Paquistão

Fonte:|valoronline.com.br|




GENEBRA - A indústria têxtil brasileira pediu para o governo tentar limitar na Organização Mundial de Comércio (OMC) um plano da União Europeia para dar livre acesso a uma lista de 81
produtos do Paquistão, por três anos, no mercado europeu.

A UE precisa apresentar o pedido na OMC para fazer a concessão apenas para o
Paquistão, sem ser estendido aos outros membros. Bruxelas pediu ao
Brasil para apoiar sua proposta, alegando para as dificuldades
econômicas que o Paquistão enfrenta depois da violenta inundação que
afetou o país.

Mas a Euratex, representando a indústria têxtil europeia, denunciou que a lista beneficiará mais de 60 produtos têxteis e
confecções originários de companhias paquistanesas eficientes, bem
equipadas, localizadas fora das áreas inundadas e com faturamento
superior a média da própria indústria europeia.

Na mesma linha, a Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit) pediu oficialmente ao
governo, em Brasília, para só apoiar os europeus na OMC se o pacote
excluir todo o universo da cadeia têxtil - fibra, fios, filamentos,
tecidos, vestuário etc. - que afinal é uma das poucas coisas que o
Paquistão exporta.

O Brasil exporta atualmente US$ 500 milhões por ano de tecidos para o mercado europeu e teme perder ainda mais
espaço para os paquistaneses.

Para produtores europeus, a eliminação de tarifa por três anos poderá causar perda de até 120
empregos na Europa. Admite no máximo concessão por um ano, mas limitando
a entrada dos têxteis e dando espaço eventualmente para outros
produtos.

A indústria têxtil brasileira se opõe também a concessão pelo Brasil de livre acesso para produtos dos países mais
pobres do mundo, uma promessa que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
terá dificuldades de cumprir até dezembro.

O setor alega que o Brasil precisa manter as tarifas sobre importação de têxteis, diante da
forte competitividade de países como Camboja e Bangladesh, que serão
beneficiados pelo plano brasileiro.

Na negociação Sul-Sul, de 11 países emergentes, que deve ser assinado em Foz do Iguaçu no mês que
vem, o Brasil acabou excluindo concessões no setor têxtil.

(Assis Moreira | Valor)




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Comentário de Textile Industry em 7 outubro 2010 às 20:49
Fonte:|economico.sapo.pt|

Sector têxtil critica abertura de Bruxelas a produtos paquistaneses

A indústria têxtil portuguesa teme que a concorrência do Paquistão gere desemprego no sector.

Bruxelas anunciou ontem que vai isentar de impostos a entrada de 75 artigos produzidos no Paquistão, a grande maioria do sector têxtil, por um período de três anos. Karel de Gucht, comissário europeu para o Comércio Internacional, adiantou que esta medida, que visa ajudar o Paquistão após a devastação provocada pelas inundações do Verão, deverá entrar em vigor a 1 de Janeiro de 2011. Além dos têxteis, consta também isenções para sapatos, produtos em pele e derivados de etanol. Mas falta ainda que a proposta seja votada no Parlamento Europeu e discutida no seio da Organização Mundial do Comércio.

E é nessas instâncias que recai ainda a esperança da indústria têxtil portuguesa, que se sente seriamente ameaçada com a liberalização dos produtos têxteis paquistaneses. Para Paulo Vaz, director-geral da ATP (Associação Portuguesa do Têxtil e Vestuário), três anos "é um período mais que temporário, é excessivo".

E alerta que além destes apoios existe a intenção da União Europeia de beneficiar o Paquistão através do SPG (Sistema de Preferência Generalizado), que só é atribuído aos países mais pobres do mundo.

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