Fonte:|divicity.com|
O setor industrial têxtil mineiro apresentou recuperação nos primeiros sete meses de 2010. Conforme o presidente do Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem no Estado de Minas Gerais (Sift-MG), Adelmo Pércope Gonçalves, a situação agora é estável. Além de readmitir os profissionais dispensados durante o período de maior desaquecimento provocado pela crise, as empresas já retomaram a produção em três turnos, devido ao crescimento da demanda, aquecida desde o início do ano.
Porém, Gonçalves descartou possibilidade de um boom no número de vagas disponíveis no setor. De acordo com o dirigente, as empresas não dispensaram profissionais em grande escala durante a crise econômica.
Conforme o presidente do Sift-MG, as demissões foram pontuais em grande parte de Minas, e com a melhoria no cenário do setor, todos os postos de trabalho foram recuperados. "A maioria das empresas utilizou como estratégia a concessão de férias coletivas ou a redução dos turnos de trabalho nas fábricas", disse.
"O que temos registrado, até então, são contratações de reposição de mão de obra, pois o nosso segmento possui uma alta rotatividade de profissionais. Mas é preciso lembrar que o histórico da indústria têxtil é de operar no limite da capacidade instalada", afirmou.
O presidente do Sindicato das Indústrias Têxteis e de Malhas no Estado de Minas Gerais (Sindimalhas-MG), Flávio Roscoe Nogueira, também destacou a recuperação do segmento no Estado no período de janeiro a julho deste ano. De acordo com ele, a estimativa é de que todo o pessoal dispensado pelas empresas na época do desaquecimento econômico já tenha sido recontratado.
"Com aquecimento da economia e o decorrente aumento da demanda, as indústria voltaram à todo vapor e logo voltaram a contratar", destacou.
Otimismo - A recuperação da economia tem beneficiado o setor, conforme Nogueira. No acumulado dos sete primeiros meses deste ano o segmento apresentou um crescimento da ordem de 12% na comparação com idêntico período do ano passado. Para o restante do ano, segundo ele, as perspectativas são mais otimistas, já que, tradicionalmente, a segunda metade do exercício é mais aquecida. "Esperamos encerrar 2010 com um incremento dos negócios, pelo menos, da mesma ordem (12%)", apostou.
Para atender à demanda decorrente do aquecimento, as empresas já estão aumentando o quadro de funcionários. Conforme Nogueira, que além de presidente do Sindimalhas também é diretor comercial da Colortextil Participações Ltda, desde o início do exercício, a empresa já aumentou seu quadro em 5%, com a contratação de 20 funcionários.
O grupo possui 400 funcionários distribuídos entre as três unidades em Belo Horizonte e Itabirito (região Central) e na região Nordeste do país.
Segundo ele, o crescimento dos negócios da Colortextil no acumulado de janeiro a julho deste ano acompanhou o índice registrado pelo setor, um pouco acima dos 12% frente a igual período do ano passado. "Geralmente, o desempenho das empresas é equilibrado. Tanto, que para o encerramento de 2010, estimamos os mesmos 12% no crescimento da Colortextil em relação ao exercício anterior", afirmou.
O aquecimento dos negócios também foi apontado pela Companhia de Tecidos Santanense S/A. Com quatro unidades em Minas Gerais, a empresa está operando a plena carga e produz cerca de 60 milhões de metros de tecidos por anos. De acordo com Gonçalves, que também é vice-presidente do Conselho de Administração da empresa, a expectativa é de crescimento de 10% da receita em 2010 frente à do ano passado.
Caso a estimativa se confirme, a companhia vai contabilizar um faturamento acima de R$ 350 milhões ao final do exercício. "Sazonalmente, os negócios ganham mais ritmo a partir do segundo semestre, o que deverá incrementar ainda mais o desempenho da empresa", ressaltou.
Ainda conforme o vice-presidente, mesmo as quatro unidades operando com 100% da capacidade, ainda não há previsão para ampliar a produção nem de contratação de novos funcionários. "Os investimentos programados para o decorrer do ano estão sendo direcionados à qualidade dos produtos, à inovação do parque fabril e à redução dos custos", informou sem revelar mais detalhes do projeto. Informações do Diário do Comércio.
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