Sintex critica novas cotas de exportação

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Fonte:|folhadeblumenau.com.br|

O presidente do Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário (Sintex) de Blumenau Ulrich Kuhn disse que é um absurdo as negociações de quantidade e preço mínimo das cotas de exportação dos produtos têxteis nacionais para a Argentina. Ainda segundo ele, dentro do ponto de vista empresarial foi o melhor acordo possível, mas no cenário político, o pior que se pode imaginar, pois “o Brasil não toma posição energética em relação ao país vizinho”.

O Sintex participou ativamente das negociações entre o governo brasileiro, argentino e iniciativa privada sobre as cotas de exportação. No final do mês passado, foi assinado o primeiro Memorando de Entendimento com o setor privado argentino, estabelecendo o preço das exportações brasileiras de lençóis e as quantidades máximas permitidas.

Ficou definido que de janeiro a março, o Brasil pode exportar até 525 toneladas de lençóis para Argentina, ao preço de US$ 7,50 o quilo, em caráter excepcional, no caso de empresas vinculadas entre os dois países. A partir de abril, o preço mínimo passa para U$ 8,80 o quilo. O mesmo valor vale para as exportações de empresas não vinculadas no primeiro trimestre.

“Negociar com o Mercosul é um absurdo”, reafirma Kuhn. “Isso teria que ser mercado livre”, finaliza.

Argentina

A Argentina é o principal destino das exportações brasileiras de produtos têxteis e confeccionados. Em 2009, o país representou 26% das exportações (US$ 1,2 bilhão para o mundo e US$ 308 milhões para Argentina). Em 2008, foi publicada a primeira Resolução por parte do governo argentino determinando a aplicação de licenciamento não automático sobre diversos produtos do setor, causando sensíveis impactos sobre as exportações brasileiras. O resultado é que em 2009 houve queda de 36,44%, em valor, do total das exportações brasileiras de produtos têxteis em relação a 2008.