Fonte:|portugaltextil.com|
Aguardando nos bastidores enquanto o designer recebe os aplausos e faz a vénia no final do desfile, o “stylist” está cada vez mais a moldar os visuais apresentados na passerelle. O papel deste “novo” profissional moda está a evoluir, implicando uma interacção mais acentuada com o criador.
Outrora relegado a sugerir quais os sapatos e jóias que ajudariam a criar um visual harmonioso para os desfiles, o stylist, também denominado “fashion editor”, está a influenciar os designers mais do que nunca. A ascensão de stylists famosos, como Rachel Zoe, que tem o seu próprio “reality show” na televisão, ou Joe Zee, ajudou a promover o perfil dos estilistas na passerelle.
O crescente impacto do stylist em desfiles de moda tem dividido a indústria sobre se diminui a criatividade do designer ou incute nova vida aos visuais e amplia a atractividade de uma colecção. Os stylists, na sua maioria trabalhadores por conta própria, criam visuais para tudo, desde sessões fotográficas para revistas até celebridades para eventos.
Mas ao ajudar a criar um desfile, o stylist passa a desempenhar um «papel mais dominante» e desde o início da estação, indica Kathryn Neale, stylist da marca Luca Luca. O designer Raul Melgoza da Luca Luca, considera que a sua colaboração com Neale foi positiva: «Já ouvi histórias de terror sobre stylists que chegam e querem comandar o desfile, mas acho que se encontra alguém com quem se pode contrabalançar as ideias», afirma Melgoza.
O stylist, por exemplo, pode agora combinar roupas para criar um visual que o designer não tinha pensado, diz Elyse Kroll, fundadora da ENK, empresa que organiza feiras de moda. Ele pode agora chegar e dizer «repare como isto funciona» e talvez até mesmo mudar o ponto de vista do designer sobre determinado tema, acrescenta a responsável, referindo ainda que, apesar de nem todos os designers morrerem de amores por um stylist, muitos vêem o seu papel como «muito importante».
O stylist Michael Macko refere que os designers emergentes, que dispõem de menos ajuda do que as grandes casas de moda, estão a aceitar que os stylists desempenhem uma série de papéis. Mas sem incluir qualquer poder para redesenhar a colecção. Segundo Macko, o stylist está agora mais focalizado na perspectiva geral, questionando se é tudo comercializável e potencialmente mais rentável.
Apesar do crescente prestígio da profissão de stylist, a maioria dos observadores de moda considera que os designers ainda detêm o poder supremo, e são eles que vão continuar a fazer a vénia no final do desfile.
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