Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Fonte:|organicatextil.blogspot.com|

O desenvolvimento das fibras têxteis de origem sintéticas desenvolveu-se a partir do estudo das grandes moléculas nos laboratórios da Du Pont de Nemours-
EUA, na década de 30, cujos investimentos nas novas fibras estimulou várias
indústrias químicas e se espalhou por todo o mundo.

A partir do estudo das grandes moléculas nasceu nylon, primeira das fibras sintéticas.
Mais resistente do que os tecidos naturais, hoje elas vestem até os astronautas.
A nova fibra a base de polímeros não era grande coisa do ponto de vista
comercial, pois logo quebrava e se solidificado as temperaturas mais baixas. Mas
foi o ponto de partida para milhares de combinações químicas que produziram
outras tantas amostras de fios até se chegar àquela de maior aplicação prática:
o nylon.
Em 1937, a Du pont selecionou o nylon para a fabricação em larga escala. A partir de então, o fio invisível, resistente e durável
desencadeou uma revolução. Das meias à lingerie, passando pelas capas, blusas e
pijamas, o nylon passou a ser sinônimo de moda feminina. E não só de moda.
Tornou-se presença obrigatória nas escovas de dente, linha de pesca,
pára-quedas, tapetes e suturas cirúrgicas.
Os tecidos sintéticos são descendentes diretos do plástico, substância descoberta em 1875 pelo químico
alemão Adolf Von Bayer (1835-1917), que podia ser moldada quando aquecida, mas
ao esfriar tornava-se dura. Este primeiro plástico era quebradiço e difícil de
ser trabalhado.
No início do século XX, quando os químicos determinaram a estrutura molecular de cada plástico, estes passaram a ser
sintetizados segundo as especificações das indústrias." Descobriu-se que eram
constituídos por moléculas gigantes ou polímeros (do grego polys – muitos, e
meros – partículas).
Em 1927,a I.G. Farben, na Alemanha, contratou um grupo de 27 cientistas que aprenderam tanto sobre a estrutura das moléculas
que se deram ao luxo de planejar cada passo do processo de descoberta de novos
plásticos, como o poliestireno. Um ano depois, a Du Pont de Nemours contratou
como chefe de seu laboratório Wallace Carothers, professor de Química Orgânica
da universidade Harvard.
Atualmente, 4 bilhões de quilos de fios são produzidos em todo o mundo. Apenas 2 % de petróleo extraído no mundo veste
toda a população da Terra. No final da década de 60, as fibras sintéticas
invadiram o espaço: A Du Pont criou o nomex, tecido mais resistente ao calor e
utilizado nos uniformes da Força Aérea de todo o mundo. Por último, surgiu o
kevlar tornou-se o tecido dos astronautas.
Até o final da década de 1980 as fibras sintéticas eram sinônimo de roupas desconfortáveis, que
esquentavam demais e potencializava os terríveis odores da transpiração, mas a
partir de novas técnicas de acabamentos provou-se que uma fibra polimérica pode
ser sim muito confortável, e as pesquisas nesse setor só aumentam: Nunca, como
agora, nomes de fibras sintéticas tão improváveis quanto os Pet Dry ou Dry Fit
estiveram tão associados ao que de mais bonito a moda pode produzir, levando a
constatações do tipo: "A grande revolução da moda é o aperfeiçoamento da
tecnologia têxtil” ; "Todas as golas, mangas, calças, saias já foram inventadas
e o que moderniza essas imagens são os avanços tecnológicos." O equilíbrio entre
os fios naturais e os de laboratório, preciso e delicado, só foi possível graças
a pesquisas milionárias. E o investimento, conforme dito anteriormente, nunca
para. Conforme demonstra as informações abaixo:
A DuPont do Brasil desenvolveu pela primeira vez na história da indústria têxtil um tecido 100%
elastano (Lycra). O produto foi desenvolvido a partir de um pedido de Renato
Kherlakian, então dono da grife Zoomp, que reforça: “Os tops, vestidos e saias
sensualíssimos porque se ajustam perfeitamente ao corpo parecem feitos de restos
de balão de aniversário de criança. Com a vantagem de que o tecido não aperta
nem esquenta”. A ideia é transferir às fibras sintéticas algumas características
antes só encontradas em certas fibras naturais:
  • Leveza: a mistura de fios cada vez mais finos cria variantes híbridas, como certos tecidos holográficos.
  • Tecidos líquidos: puro poliéster com aparência de água por causa de fibras multifacetadas que aumentam a refração da luz. E as misturas só ampliam as melhorias técnicas dos produtos como na mistura de fibras de algodão com náilon,
    onde o conjunto ganha estrutura sem perder a maciez. Vestido de “água” Com
    tantas variedades de fios, as grandes tecelagens agora se dedicam a misturar
    tudo em tecidos híbridos:
A M.Officer desenvolveu tecidos holográficos, compostos de poliéster(PES), náilon(PA) e viscose (CV). Fino como
papel, translúcido como água e maleável como seda, o tecido está em capas e
casacos. Apesar da aparência leve, as peças são extremamente quentes. Graças à
possibilidade de combinação de fios, a Zoomp conseguiu dar a artigos de brim de
algodão rigidez e brilho, sem perder a flexibilidade, misturando-o ao náilon.
Combinados ao elastano(PUE), algodão(CO), seda, veludo e lã preservam suas
características e ganham as vantagens da fibra sintética. As possibilidades são
tantas que a indústria já pode “surfar” na onda ecológica e fabricar tecidos em
processos não poluentes. A empresa inglesa Courtaulds consumiu dezesseis anos de
estudos e cerca de 500 milhões de dólares no desenvolvimento do (artificial, e
não sintético) Tencel. O “selo verde” é dado em função dos solventes usados no
processo de fabricação, todos biodegradáveis.

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