Fonte:|clicrbs.com.br/jsc/sc|
ULRICH KUHN, presidente do Sintex Blumenau e RENATO VALIM, diretor-executivo do sindicato
A Vila Germânica abre oficialmente hoje os portões para receber mais de 25 mil pessoas. A ampliação da altura dos estandes em 50 centímetros deve proporcionar mais espaço para a criatividade, decoração e atrativos por parte dos expositores. Com o déficit da rede hoteleira em Blumenau, que já não é novidade, o turismo de negócios se expande para a região, e atinge cidades como Balneário Camboriú e Brusque, entre outras, criando uma ramificação da Texfair. O Santa conversou com o presidente do Sintex, Ulrich Kuhn, e com o diretor-executivo do sindicato, Renato Valim, sobre as perspectivas para o futuro da feira.
Jornal de Santa Catarina - O que se pode esperar da Texfair na próxima década?
Ulrich Kuhn - A Texfair está no limite de quantidade e de infraestrutura. Não temos condições de gerar uma feira maior, com o dobro de expositores daqui uma década. Tentamos ampliar, mas gerou muita reclamação por falta de estrutura. Limitamos o tamanho e resolvemos investir em qualidade.
Santa - Resolveria fazer a feira em outro lugar?
Renato Valim - Não, não pensamos nisso. Até porque o sindicato foi uma das entidades que provocou os poderes públicos para investir na Vila Germânica.
Santa - Os desfiles foram abolidos definitivamente?
Kuhn - Os desfiles tiveram muita importância para trabalhar o glamour da feira, mas essa fase foi ultrapassada. Não tinha mais razão de ser.
Valim - Fizemos outro planejamento colocando os desfiles dentro da feira, mas caímos no problema do espaço. O projeto chegou a ser apresentado às empresas, mas ficamos na pendência.
Santa - Qual a expectativa para essa edição da feira?
Valim - Excelente. Ano passado tínhamos tanto expositores quanto visitantes receosos com a crise mundial. Mas isso passou e não nos afetou fortemente. Agora, há um entusiasmo porque a indústria está indo bem. Antecipadamente, encaminhamos 15 mil credenciais. Isso é um bom sinal.
Santa - As rodadas de negociações internacionais podem ser mais exploradas?
Kuhn - A questão internacional está interligada à capacidade brasileira de exportar e, como essa curva dos manufaturados brasileiros para o setor têxtil está em queda, os programas da Fiesc e Abit têm a função de manter aceso este processo. Mas o exportador brasileiro ainda está muito concentrado nos países próximos, principalmente os vizinhos, porque perdeu a competitividade.
Santa - A crise mundial é coisa do passado para a Texfair?
Kuhn - Blumenau está num patamar registrado antes mesmo da crise. Porém, alguns segmentos da indústria têxtil, como as tecelagens, ainda sentem. Blumenau não mais, pois encontra-se no mesmo contexto brasileiro.
Santa - A feira ainda busca novos expositores?
Kuhn - Temos um percentual de rotatividade que chega a 15%.
Valim - Não fazemos seleção mas, estrategicamente, procuramos expositores de qualidade e diversidade. Por isso é que alcançamos o sucesso. Temos grandes marcas brasileiras, mas faltam empresas de tecido plano, por exemplo, em função da época do ano.
Santa - O projeto de desmembrar a feira em duas edições ainda existe?
Valim - Sim, temos público e demanda para isso. O segmento de decoração, por exemplo, tem interesse em entrar e hoje não temos espaço. Porém, isso ainda não tem data definida para ocorrer. Confirmamos que vamos desmembrar, sim
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