Fonte:|aeiou.expresso.pt|
Concessão de acesso ao Mercado da União Europeia para os têxteis do Paquistão traz "mais encerramentos de empresas e mais desemprego", afirma ATP.
As cheias que afetaram o Paquistão podem ter um impacto direto na indústria portuguesa e europeia. Em causa estão 13 categorias de produtos que poderão começar a ser exportados para a Europa com "zero" direitos aduaneiros caso a Comissão Europeia conceda aos têxteis do Paquistão acesso ao Mercado da União Europeia, alerta Associação Têxtil e Vestuário de Portugal - ATP. Preocupadas com este cenário, a ATP e a Euratex (associação representativa da indústria têxtil europeia) escreveram já ao Comissário Europeu, Durão Barroso, antecipando uma nova vaga de problemas num setor "já no limiar da sobrevivência". A carta da ATP prevê mesmo "mais encerramentos de empresas e desemprego", caso a medida seja aprovada, "agravando, ainda mais, a brutal concorrência que já impõem à indústria têxtil europeia em geral e à portuguesa em particular". A Comissão Europeia prepara-se para discutir esta concessão a pedido do Paquistão, que já no passado apresentou solicitações idênticas com base em argumentos como o terrorismo e a crise económica do país. Agora, o pedido é fundamentado nas consequências das inundações que afectaram o país. Cenário de catástrofeDe acordo com as informações recolhidas pela ATP, a concessão poderá ser ainda "mais grave", uma vez que a Comissão Europeia "estará disposta a ir mais longe, recorrendo à cláusula MFN (Most Favoured Nation), o que significará estender a liberdade a outros países exportadores têxteis, igualmente de grande dimensão e potência, como a Índia e a China". Considerando "inaceitável que a Comissão Europeia continue a utilizar a Têxtil como moeda de troca" no âmbito da sua política comercial, a ATP afirma que este segundo cenário "constituiria uma verdadeira catástrofe para a ITV nacional e europeia, pois resultaria na completa supressão do que resta da indústria têxtil que ainda vai penosamente operando na Europa e em Portugal". Na carta, também enviada ao Ministério da Economia, a direção da ATP, salienta que as regiões afetadas pelas cheias no Paquistão não são as que acolhem a indústria têxtil local. |
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