Pesquisadores e profissionais da moda se reúnem neste sábado (28), no Museu de Arte do Rio (MAR), na Praça Mauá, para discutir a exploração nas cadeias produtivas da indústria têxtil na data em que se lembra o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo.
Com o título de Esquenta Fashion Revolution Rio, a iniciativa tem como objetivo promover o consumo consciente e a reflexão sobre as cadeias produtivas que estão por trás do que é consumido atualmente. Na mesa de debates “Escravos da Moda”, a procuradora do Trabalho Guadalupe Couto abordou a questão do trabalho exploratório na indústria têxtil.
“O evento é para conscientizar as pessoas sobre a existência de trabalhador submetido à condição análoga de escravo na indústria têxtil. Temos na cadeia produtiva de grandes grifes a exploração de trabalhadores como escravos. São submetidos a condições degradantes, sem água, sem moradia em condições dignas, sem equipamentos de proteção, sem salários e sem os direitos trabalhistas. Muitas vezes submetidos ao cerceio da liberdade de ir e vir, são mantidos presos nas oficinas e submetidos a jornadas exaustivas”, disse a procuradora.
Segundo a procuradora, as pessoas submetidas à condição análoga à escravidão na indústria moda no Brasil são, principalmente, brasileiros, bolivianos, peruanos, além de outros cidadãos latino-americanos em grave situação de vulnerabilidade, que acabam se submetendo ao trabalho degradante.
O evento, promovido pelo Fashion Revolution Brasil, conta com as parcerias do Ministério Público do Trabalho do Rio de Janeiro (MPT-RJ), da Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos e da Cáritas RJ. Além das mesas de debate, estão programados um bazar de troca com o projeto Excambo, cinedebate com exibição do documentário The True Cost, e oficinas de reciclagem.
O Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo foi escolhido em homenagem aos auditores fiscais do trabalho Eratóstenes de Almeida, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva, e ao motorista Ailton Pereira de Oliveira, assassinados quando investigavam denúncias de trabalho escravo na zona rural do município de Unaí (MG) no ano de 2004. A data foi oficializada em 2009
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