Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Transformação Digital sim, mas quanto ao restante ?

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Para quem trabalha com tecnologia, nunca se falou tanto sobre Transformação Digital. Em praticamente todos os principais artigos, revistas, blogs e post nas redes sociais, esse assunto domina as matérias que os profissionais de tecnologia acompanham.

Somos impactados constantemente pelo que a tecnologia nos propicia. Algumas semanas atrás, eu estava em casa usando meu smartphone para falar com a escola de natação do meu filho (usando fones sem fio), consultei no Waze o caminho para chegar nessa escola e fiz uma transferência de valores pelo app do meu banco. Praticamente tudo ao mesmo tempo!

Outro dia, conversando com minha esposa, me dei conta que se estivesse distante da minha casa e sem meu smartphone, não saberia o que fazer para voltar, pois não decorei o número de celular das pessoas que conheço (sim, até o da minha esposa!). Somos cada vez mais dependentes da tecnologia e poucas vezes nos damos conta disso.

E não é para menos. Todas as empresas que querem crescer ou se manterem no topo precisam pensar e praticar a Inovação e a Transformação Digital. Não olhar para isso é ignorar o mundo ao nosso redor, se fechando em uma concha e se afastando do futuro.

Mas existe uma outra realidade nas empresas que dificilmente é comentada pois não é tão sofisticada ou cool quanto esses dois assuntos: A estabilidade operacional da empresa.

Uma empresa precisa que todos os seus processos internos sejam executados dentro de padrões de disponibilidade e performance que garantam a sua operação.

Considerando os aspectos tecnológicos, a operação de uma empresa tem três grandes variáveis que precisam ser consideradas:

  • Disponibilidade: os sistemas (ou suas respectivas contingências) precisam manter a operação funcionando. Um paciente não pode procurar um laboratório e não conseguir fazer seu exame porque algum equipamento de diagnóstico está quebrado.
  •  Performance: Não adianta os sistemas funcionarem se não atendem dentro do tempo necessário. Um supermercado precisa que os PDVs funcionem rapidamente para evitar filas dos clientes na frente de caixa.
  •  Confiabilidade: Não adianta os sistemas funcionarem e terem a performance adequada se o resultado do processamento estiver errado, não confiável. Um banco precisa que as transações financeiras sejam executadas sem erros, não pode haver divergências nos valores financeiros transacionados.

Quando colocamos a Transformação Digital ao lado da estabilidade da operação, existem basicamente quatro tipos de empresas que podemos observar:

Operação INSTÁVEL e SEM agenda para a Transformação Digital

O pior dos mundos. Não atende aos clientes de hoje e certamente não atenderá aos clientes no futuro. Muito trabalho precisa ser feito e o maior deles é a priorização das ações. O risco dessa situação é entrar em uma espiral negativa que não deixa a empresa resolver seus problemas atuais e assim abrir uma agenda para o futuro.

Operação INSTÁVEL e COM agenda para Transformação Digital

Uma situação curiosa, pois evidencia que a empresa tem uma visão correta do que deve fazer em relação ao seu futuro, mas ao mesmo tempo não consegue enxergar o que acontece com o presente. É preciso estar atento para que caminhos essa empresa deve seguir, pois não é possível negligenciar do presente, mesmo que o motivo seja olhar a Transformação Digital.

Operação ESTÁVEL e SEM agenda para a Transformação Digital

Nesse caso a situação é bem complicada, pois pode caracterizar uma empresa que não se sente ameaçada por concorrentes, por novos entrantes ou pela mudança do comportamento dos seus clientes. Está em uma zona de conforto. Obviamente, isso é uma ilusão.

Operação ESTÁVEL e COM agenda para Transformação Digital

O melhor dos mundos. A empresa olha para o futuro e atende seus clientes do presente de forma adequada. Não precisa desviar seus esforços e recursos para resolver problemas operacionais. Está no caminho certo.

O que quero destacar é que não adianta estabelecer ações para a Transformação Digital da empresa sem cuidar a estabilidade operacional. Essa deve ser uma preocupação não somente do CIO, mas de toda a empresa. Ter Capex para projetos de Transformação Digital sem ter o Opex adequado para uma operação estável não é alternativa.  Será que é possível separar esses dois assuntos?

Certa vez ouvi um profissional de TI dizer que: “Os projetos garantem o bônus dos profissionais de tecnologia, mas é a estabilidade operacional que garante o salário. Portanto, não adianta focar no bônus, se você tiver que sair da empresa porque os sistemas não funcionam”.

Fonte: LinkedIn

http://sbvc.com.br/transformacao-digital-sim/

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