O Brasil está reduzindo a participação nas redes internacionais de comércio. É o que mostrou um estudo da Organização Mundial do Comércio.
Uma preocupação grande porque esse relatório mundial da OMC mostra que o Brasil está na lanterna dessa integração com o mundo.
Só que o comercio, hoje em dia, é feito de integração. Antigamente, cada um produzia o seu produto e trocava. Agora não, é produzido um pedaço aqui, outro pedaço ali, e aí se formam essas redes e o Brasil está fora dessas redes. Nos últimos 25 anos, aumentou muito o comércio de países emergentes, países em desenvolvimento, nessas redes e o Brasil está fora.
O que tem deixado o Brasil de fora?
Uma das causas está explicada em um estudo divulgado essa semana pelo Ipea que mostrou que as tarifas de importação mega do Brasil são altas demais. Eles pegaram o estudo de 2003 para 2012. O Brasil ficou em torno de 13%. Em 1995, também estava em torno de 13%. Ou seja, não aconteceu nada. Enquanto em outros países, até em países fechados como Argentina, a tarifa média caiu de 14,5% para 7,7% e na China também.
E o mais importante é que essas tarifas altas estão em produtos intermediários. Como por exemplo, o produto têxtil que serve para fazer confecção. No Brasil, aumentou a tarifa enquanto na Argentina e na China diminuiu.
Um país que se fecha, ele acaba não se integrando. Esse ano, por exemplo, o Brasil vai ter uma corrente de comércio menor: vai importar menos e exportar menos. E hoje, o comércio internacional é parte importante do desenvolvimento dos países. Então não dá para ficar isolado.
Inclusive, a indústria tem reclamado porque ela precisa importar. E se ela importa com tarifa, quando ela vai exportar o produto elaborado fica mais caro.
Você tem que se integrar às cadeias, tem que estar junto com a turma. Não dá para ficar isolado. Esse é o ponto desses dois estudos: da OMC e do Ipea.
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