A indústria brasileira está diante de uma grande oportunidade para aumentar a sua eficiência e agregação de valor com a transformação digital e a adoção de tecnologias disruptivas. De fato, esse parece ser o único caminho para garantirmos os níveis adequados de produtividade e competitividade nas cadeias globais de valor. A base fundamental para alcançar esse objetivo é a presença de uma conectividade confiável, segura e poderosa.
A implementação dos conceitos associados à Indústria 4.0 e à Internet Industrial das Coisas (IIoT) depende intrinsecamente da existência e da disponibilidade dessa forma de conectividade. Não apenas a indústria, mas também o agronegócio e as suas infraestruturas associadas (ex. energia) dependerão de uma solução compatível com as suas demandas por esta conectividade - sem ela comprometem-se os ganhos de eficiência e valor e a competitividade em geral.
A consequência social deste ganho de competitividade é o grande potencial de criação de empregos na chamada Economia Digital, pois intensifica a coleta de dados em tempo real para aplicações de Inteligência Artificial, Aprendizado de Máquina e Análise para tomada de decisão em geral.
As atuais redes de celular não são capazes de atender estas necessidades nos aspectos de cobertura, disponibilidade e privacidade dos dados. Esse gargalo tecnológico será superado com a adoção da tecnologia 5G, viabilizando a comunicação máquina-máquina massiva na IIoT, suportando comunicação com confiabilidade sem precedentes e latências muito baixas.
Para que todo esse potencial seja disponibilizado e efetivamente utilizado, a Siemens defende que as reais necessidades da indústria sejam consideradas na Consulta Pública número 9 da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), prevendo e regulamentando a reserva e o acesso a um espectro de frequência 5G para uso específico da indústria, independente das operadoras de telecomunicações, as chamadas redes privadas 5G.
Na Alemanha, a implementação da tecnologia 5G seguiu esse modelo, reservando as faixas de frequências industriais (3,7 – 3,8 GHz) para alavancar conceitos e tecnologias da Indústria 4.0. A decisão tem atraído a atenção de todo o mundo, evidenciando-se como um passo decisivo para assegurar a maior competitividade da indústria alemã.
Mas por que seria necessária uma frequência reservada para a indústria? Existem dois fatores preponderantes que orientam a que esta seja a melhor solução:
O primeiro está relacionado à Segurança Cibernética. As atuais redes públicas de celular estão conectadas à internet e, portanto, são vulneráveis a ataques de hackers e roubo de informação. A conectividade do “chão de fábrica” necessita de grande nível de proteção para garantir a privacidade dos dados da produção, além de proteção eficaz contra os ataques maliciosos. As redes privadas são mais seguras já que os dados ficam confinados na infraestrutura da própria indústria.
O segundo corresponde à independência da indústria sobre a decisão do investimento, a qual não pode ficar dependente dos interesses ou capacidades das operadoras de redes de celulares públicas. Isto é especialmente crítico em regiões afastadas e para grandes extensões.
Esse modelo de implementação tem potencial para beneficiar empresas de vários portes, sejam elas indústrias de processo ou de manufatura. O 5G com faixas de frequência harmonizadas globalmente para uso industrial poderá tornar possível o desenvolvimento de equipamentos com ganhos de escala e, consequentemente, barateando a tecnologia.
Além da destinação de um espectro 5G para uso industrial, é importante que a nova regulamentação preveja procedimentos simples para a solicitação e a concessão de licenças de uso dessas bandas, evitando a criação de barreiras de entrada desnecessárias, especialmente para as Pequenas e Médias Empresas (PME) e Start-ups.
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