Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Vamos responder aos pedidos de financiamento em até 30 dias' (FINEP)

 Nem que  a vaca  tussa.

A  FAPESP , talvez a mais eficiente  agência de financiamento  de  P & D do Brasil,  leva muitas  vezes   6 meses para ,  finalmente, aprovar um projeto, e mais  uns  2 meses para sair  o dinheiro. Quando um cara  de uma  Capivarópólis  do interior qualquer  dá uma parecer negativo, piora. Tem parecerista  (  os caras que analisam e  dão parecer  sobre as propostas ) burro  e tem parecerista  desonesto.  As vezes burro e  deesonesto.Agora, se os  33  bilhões  estiverem "marcados" , por  algum agenciador , com trânsito na  Sodoma do planalto. Aí  sim.

Vamos responder aos pedidos de financiamento em até 30 dias'

Com a redução do prazo, que é de 112 dias atualmente, a Finep espera destinar R$ 32,9 bi a projetos de inovação

07 de abril de 2013 | 2h 07
JOÃO VILLAVERDE, IURI DANTAS / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo

Os empresários que solicitarem crédito à Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para financiar seus investimentos a partir de 1.º de julho vão receber da instituição financeira uma resposta completa em, no máximo, 30 dias. Hoje, a Finep leva 112 dias, em média, para responder às companhias com as condições (taxa de juros, prazo para pagamento, tempo de carência) que tem a oferecer. Em 2011, a Finep levava em média 248 dias para isso.

Com a forte redução dos prazos, a Finep espera conseguir tocar o enorme pacote de R$ 32,9 bilhões em crédito subsidiado para ampliar a inovação do setor privado brasileiro lançado pela presidente Dilma Rousseff no mês passado.

Esta é a aposta do presidente da Finep, Glauco Arbix, que, em entrevista ao Estado, afirmou que o Brasil está diante de uma encruzilhada: o ritmo do crescimento da economia, fraco nos dois últimos anos, não pode desanimar os empresários, que precisam aproveitar esse período de baixa para inovar e se preparar para a retomada. A seguir, os principais trechos da entrevista.

O governo acabou de lançar um pacote de R$ 32,9 bilhões em crédito subsidiado para inovação. Haverá demanda?

A demanda tem surpreendido todo mundo. A estrutura industrial brasileira está mudando, especialmente do lado comportamental dos empresários. Mesmo com o ritmo lento da economia nos últimos dois anos, a demanda por financiamento da Finep continuou forte e aumentando. É claro que, se houvesse uma explosão da demanda por crédito, ninguém conseguiria atender, nem a Finep, porque a economia brasileira não é puxada pela inovação. Queremos que seja, e por isso esse pacote. Estamos nos preparando para um boom, que, se vier num futuro próximo, será plenamente atendido pela Finep.

Como?

As mudanças na Finep serão muito grandes. A principal começará em 1.º de julho: vamos responder a todo e qualquer projeto de financiamento em até 30 dias. Isso é uma revolução. Estamos trabalhando com a USP de Ribeirão Preto, o Cedeplar, de Minas Gerais, e o Ipea para criar três rankings que vão facilitar muito nosso trabalho de avaliação dos projetos. A análise de saúde financeira das empresas será feita na Serasa. Fechamos um acordo com o Banco do Brasil para trabalhar com a central de risco de crédito deles. Com isso, teremos segurança na análise do projeto e agilidade na liberação das condições que vamos oferecer. Muitas vezes pedimos documentos que não são necessários, e isso é custo, burocracia e tempo. Vamos reduzir isso ao essencial. Não é razoável que alguém que queira inovar demore 248 dias para conseguir o crédito, como era em 2011, ou mesmo 112 dias como é hoje, depois do enorme esforço que imprimimos. Agora tudo será veloz.

As empresas estão preparadas para tomar esses recursos?

Passamos anos discutindo no Brasil as variáveis macro, como juros e câmbio. Isso está razoavelmente equacionado, com uma economia muito mais forte hoje, com reservas. A situação agora é outra: precisamos de competitividade. No século 16 isso era atingido por meio do chicote e o aumento da produtividade na base do esforço físico. Agora é produtividade ligada a tecnologia e gestão. As empresas estão despertando para isso. O Brasil é um País muito dependente de commodities, mas isso não é um mal, pelo contrário. Precisamos continuar na frente, e para isso precisamos investir em tecnologia. A questão é que precisamos ir além do agronegócio, e sermos inovadores em diversos setores. O governo está disposto a tomar risco junto com as empresas. A linha de alto risco da Finep tem taxa de juros de até 2,5% ao ano, tendo quatro anos para começar a pagar e até 12 anos para pagar tudo. Além disso, cobrimos até 90% do projeto. Não conheço país que ofereça algo parecido.

A crise tem sido muito dura para a indústria brasileira, com queda de investimentos em muitos setores, além de corte de pessoal e da própria produção. Como casar um pacote de estímulos à inovação com o atual estágio da indústria de transformação?

O nosso recado é claro: persistam. Tradicionalmente na Finep, tal como no BNDES, a demanda por crédito sempre seguiu o ritmo geral da economia. Quando o PIB crescia muito, a demanda era muito grande, mas quando a economia ficava fraca os empresários se retraíam. Isso não está acontecendo desta vez. Não foi o que ocorreu em 2011 e 2012, mesmo com um ritmo do PIB abaixo de 1%. O que sei, como alguém que estuda tecnologia há 25 anos, é que a indústria precisa inovar, principalmente em momentos de crise, porque de outra forma, quando a recuperação começar, ela não vai conseguir acompanhar. Estamos pressionados. As economias emergentes, como China, Índia e Rússia, estão de um lado, e, do outro, os países desenvolvidos, EUA à frente, iniciando uma lenta recuperação, puxada principalmente pela inovação em setores de ponta. Se o investimento na indústria não vier agora, o espaço pode se fechar

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