Na avaliação dos analistas Renato Donatti, Gisele Paolino e Pedro Gonzalez, as companhias do setor estão reduzindo investimentos e pessoal, fechando lojas não rentáveis, otimizando despesas e reduzindo disponibilização de crédito.
“A Fitch também tem observado uma postura mais disciplinada quanto à rentabilidade do segmento on-line em 2023, com retirada de subsídios e reposicionamento de preços e comissões de marketplaces”, afirma a agência de classificação de riscos.
Das 17 empresas que a Fitch realiza classificações, apenas cinco mantiveram planos de expansão. Em média, as empresas reduziram investimentos em 40% no primeiro semestre, na comparação com o mesmo período de 2022.
Para os analistas, a trajetória de queda nos juros, menor inflação e programas de redução de endividamento da população ainda não se refletiu na demanda do varejo. “A Fitch não espera recuperação material na segunda metade do ano”.
As empresas do setor permanecem com níveis satisfatórios de liquidez e flexibilidade financeira. No entanto, a alavancagem financeira é um ponto de atenção, aumentando a pressão por melhoria substancial nos resultados.
Por Felipe Laurence
Fonte: Valor Econômico
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