Diante de qualquer ruptura no abastecimento — como a imposta pelos manifestantes bolsonaristas que bloqueiam rodovias no país — os varejistas são um dos primeiros a sentir a falta de produtos.
Por Cynthia Malta
O varejo em geral e o de alimentos, em especial, há anos trabalham com estoques reduzidos e mais recentemente, com o aumento do custo do dinheiro, a estratégia de não carregar grandes volumes nas lojas ficou ainda mais importante. Por isso, diante de qualquer ruptura no abastecimento — como a imposta pelos manifestantes bolsonaristas que bloqueiam rodovias no país desde segunda-feira — os varejistas são um dos primeiros a sentir a falta de produtos.
“Com o aumento da Selic e maior custo do dinheiro, os varejistas voltaram a buscar a redução dos seus estoques, o que os deixa mais expostos, em caso de eventuais rupturas no abastecimento”, diz Eduardo Yamashita, diretor de Operações da Gouvêa Ecosystem, consultoria especializada em consumo, varejo e distribuição. O varejo de alimentos “requer múltiplos abastecimentos diariamente”, diz Yamashita.
As categorias de maior giro são as primeiras a serem impactadas, pois detêm menor cobertura de estoque. O especialista dá alguns exemplos: frutas legumes e verduras, carnes, peixes, rotisserie, bebidas, leite e papel higiênico. “E são essas categorias mais sensíveis que já começam a apresentar impactos no seu abastecimento. Se as interdições se alongarem, espera-se que o impacto seja agravado e que alcance também as demais categorias, conforme os estoques em lojas sejam consumidos”, disse Yamashita.
O GPA, a segunda maior rede de supermercados do país, informou mais cedo ao Valor que registrava atraso pontual no recebimento e expedição de algumas mercadorias nas lojas, mas ainda sem impacto significativo.
O Carrefour, a maior rede de varejo alimentar do mercado brasileiro, informou que está usando os estoques e que busca alternativas para manter o atendimento casos as paralisações continuem.
A Polícia Rodoviária Federal informou que até as 16h22 desta terça-feira havia 235 protestos nas rodovias federais em 19 Estados e no Distrito Federal. Ao todo, segundo a PRF, 358 manifestações foram encerradas.
Os manifestantes bloqueiam as estradas, protestando contra o resultado da eleição de domingo, quando foi eleito Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República.
Fonte: Valor Econômico
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