Prezados amigos do varejo,
Eu acredito que o artigo abaixo é um dos mais importantes que já escrevi até hoje, não por conta da crise econômica que estamos passando, embora esta seja uma das justificativas para o título acima, mas por conta de uma série demais fatores estão influenciando como nunca o modelo tradicional de negócio do varejo e na prática, não mais em teoria, é hora de acordar.
Digo isso, pois muitos empreendedores ainda entendem que a somatória de fatores como bom local, bom preço e bom produto pode ser a chave para um negócio de sucesso. Não é mais.
Relendo qualquer texto de consultores ou experts de varejo dos últimos cinco anos por exemplo, o discurso de todos ainda soa de maneira muito atual. Estão lá conceitos como posicionamento, produtividade, treinamento, e até mesmo causa. Tenho certeza de que se você lê ou acompanha artigos ou sites do mercado, já se deparou com esses termos inúmeras vezes!
E esses termos ainda soam como atuais, não porque não houve novidade, mas porque o varejo não soube ainda fazer a “lição de casa”. Em suma, o varejista brasileiro ainda espera o último minuto para tomar atitudes e mudar de postura. São muitos os que esperam: “Deixe que a concorrência quebre a cara e teste tudo. Eu entro depois”.
Ao mesmo tempo, a grande massa do varejo físico composta por pequenos empreendedores, pouco inova, adotando o modelo de complexo de vira-lata, onde o jargão “isso é coisa para grandes marcas, grandes players” como um mantra. De fato, é no campo do e-commerce, onde tudo ainda é novo e aberto a novas propostas, que vem saindo novos modelos e novas propostas de negócios. E o varejo físico, a lojinha do bairro, vai ficando para trás. Quando um modelo de negócios como o Uber, o Airbnb ou o Alibaba irá impactar na maneira como compramos no varejo? Você já está se preparando para isso?
O modelo de intermediário como um entreposto entre quem fabrica e quem quer comprar, ainda não está com os dias contados, mas é fato que veremos formatos como o atacarejo, indústrias com canais próprios de varejo, ou até mesmo os novos modelos de outlets a cada dia comendo um pouco mais da fatia de mercado do intermediário.
E como sobreviver a isso? Um modelo em crise em meio à um cenário de crise? E daí que vem o título desse artigo. Tempo esgotado significa que não há mais tempo para adiar decisões. Usando uma metáfora bastante conhecida, se sua marca fosse um barco, está na hora de ajustar as velas pois os ventos mudaram.
O mercado não irá retomar seu crescimento no médio prazo. Como escutei de um executivo de uma grande marca de franquias: “Só irá sobreviver quem tiver uma história para contar”. Posicionamento, atender o seu nicho de mercado, investir em tecnologias atrás de uma maior produtividade, criar e treinar uma equipe vencedora, todos as alternativas foram dadas e estão sobrevivendo aquelas que no passado tomaram a iniciativa e começaram a desbravar as oportunidades.
Sim, por que as oportunidades em tempos de crise têm que ser desbravadas, ou você ainda irá continuar esperando seu cliente na porta de sua loja?
Numa outra metáfora que escutei de um outro executivo, haviam dois caçadores na selva, quando um leão apareceu em frente à eles. Assim que viu o leão, um dos caçadores abriu a mochila e começou a calçar um par de tênis que carregava.
Indignado, o outro caçador pergunta:
– Mas você acha que vai correr mais do que o leão com esse tênis?
– Não, mas vou correr mais do que você.
A questão não é mais o tamanho de sua empresa, é sua velocidade para criar novos caminhos, desenhar novos cenários, criar novas oportunidades. A hora é agora. Para avançar, é necessário inovar.
Sua marca ainda está parada
Tempo esgotado.
Por Caio Camargo
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