Blazer masculinos para o Inverno 2011. Foto:Divulgação
Imprescindível no guarda-roupa masculino, o
blazer age como coringa pela sua
versatilidade de coordenação com outras peças do vestuário. Para a temporada de inverno segue mais ajustado e com comprimento um pouco menor que o tradicional.
A postura viril que ele transmite não difere do objetivo de seu surgimento em 1837, quando a rainha Victoria pediu que os paletós azul marinho dos marinheiros fossem confeccionados com botões dourados no punho, para que estes não ousassem limpar o nariz à sua frente. O que a princípio era um traje obrigatório, tornou-se sinônimo de bom gosto e elegância.
Um homem bem vestido deve ter dois tipos de blazers: um
social e um
casual, mas levando em conta a estação, melhor garantir também um de verão com tecidos mais frescos e um de inverno. Em geral o
blazer é construído de forma estruturada, conceito que atualmente tem sido revisto, pela utilização de materiais mais maleáveis e frios como jeans, principalmente nos modelos de verão.
Muitos acham que
blazer e paletó são a mesma peça, mas as diferenças sutis nos modelos fazem grandes mudanças no visual. O
blazer é mais
esportivo, pode ser combinado à outras peças despojadas como camisetas (principalmente com decote V), camisa pólo, jeans entre outras. Já o paletó é mais formal, faz parte do terno e é vendido em conjunto com a calça de mesmo tecido.
Desfile Paul Smith Verão 2011. Foto:Divulgação
O feitio do
corte faz a diferença nas peças de alfaiataria, a atenção na escolha do
blazer dever ser redobrada também pelo
caimento no corpo, deve-se evitar um modelo muito largo, com sobras, pois pode parecer deselegante. Quando confeccionado com alta qualidade, pode durar até dez anos.
Os
shapes mais tradicionais são o
americano, inglês e italiano. O primeiro é
slim, sem enchimentos, mais parecido com o atual, mas sem marcação na cintura. O
inglês é mais
estruturado, possuem lapela pontuda (
peaked), e os ombros são mais empinados.
Ombros largos e marcados, corte estreito ao comprimento do ombro ao quadril caracterizam o modelo
italiano. Os joviais possuem a lapela fina, são desestruturados e mais casuais.
O fechamento da peça com
dois botões é uma acepção mais sofisticada - algumas marcas utilizam apenas um ou três (modo mais clássico) – que apesar de sua estrutura tradicional é uma das peças mais atuais no vestuário masculino. Ultimamente a peça mudou a estrutura seguindo o mercado com o
slim fit – o blazer está mais ajustado, delineando melhor a
silhueta masculina, mais curto –, modelagem mais
acinturada e ligeiramente alongada.
O tecido também é um fator importante na durabilidade,
Adid Did diz que os melhores modelos são produzidos com casimira, pois possuem a trama ideal para a
alfaiataria masculina e pode ser mesclada à outros tipos de fios tão sofisticados quanto. De acordo com
Francis Petrucci, diretor criativo da Mandi, uma grande aposta são os
blazers com tecidos resinados.
Blazers Francesco D’Anello. Foto:Divulgação
Os confeccionados em
linho são excelentes para temperaturas mais quentes, sem forro; os modelos em sarja são indispensáveis no guarda-roupa, são mais despojados e informais; aposte no
chamois para eventos mais sofisticados, o tecido é marcante e deve ser usado com freqüência menor. Os modelos feitos em
jeans são mais despretensiosos, ainda serão muito explorados, excelente a quem quer uma produção arrojada com estilo; no mesmo ímpeto seguem o blazer em
malha pesada e
moleton.
Para trabalhar, a
lã fria torna-se ideal, principalmente em tons de cinza, proporciona vasta coordenação; o
veludo cotelê exige cuidado, foque no caimento no corpo, ele é ótimo para o inverno. O
veludo liso é próximo ao cotelê, mas de toque macio e sem marcações fundas, é uma opção muito sofisticada, um pouco em desuso atualmente. Blazers feitos de
couro são extasiantes, com ressalva de que pode deixar o visual demasiado pesado.
Os
blazers de inverno são ainda mais arrojados pelo uso de padronagens como
espinha de peixe, de feitio clássico, logo estará de volta a temporada;
pied-de-cog, um pouco mais chamativo, o padrão lembra pegadas de galo;
tweed, que está em alta na temporada de
Inverno 2011;
window pane, linhas entrecruzadas que formam quadrados, para ocasiões mais sofisticadas; e por último a
seersucker, típico no
shape americano, caracteriza-se por listras azuis e brancas verticais.
Cores como preto, marinho, cinza, cáqui, gelo e camel permitem maiores combinações pela neutralidade no vestuário, ademais são atemporais. Os modelos com tons claros são mais informais!
Blazers mais elaborados possuem debrum nas extremidades,
aspecto militar com martingales e feitio
vintage com protetor de cotovelo.
A austeridade que o
blazer carrega, principalmente usado fechado com peças formais: gravatas, sapatos sociais e camisas; agora abrem espaço para um look mais despojado, como o com camiseta, tênis e jeans; deixando-o ideal à qualquer evento.
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