Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Fonte:|colunas.galileu.globo.com|

 

Ilustração: Daniel das NevesA propaganda “verde” cresceu cerca de 10 vezes nos últimos 20 anos, e triplicou desde 2006, de acordo com consultoria de marketing ambiental TerraChoice. Sinal de que o discurso sustentável está em alta – o que não significa, necessariamente, que a ação ecológica também está.

Algumas empresas tentam tirar vantagem dessa onda verde, dizendo ao consumidor que seu produto é sustentável, quando não é. Essa malandragem ganhou o nome de greenwash (“lavagem verde”, em inglês). Em 2009, a TerraChoice analisou 2.219 produtos ecológicos nos Estados Unidos, e 98% deles apresentavam ao menos um problema de informação sobre suas características e qualidades. Por isso, é bom abrir o olho e checar se, de fato, os produtos são sustentáveis. Verdade Inconveniente separou algumas propagandas que ficaram conhecidas mundialmente pela distorção das características ecológicas. Confira:


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O outdoor com fundo verde da montadora Chevrolet dá a entender que seus veículos consumem pouca gasolina e logo não consumirão nada. A propaganda faz referência ao primeiro carro elétrico da fabricante, que será lançado em 2011. O problema é que o Volt, como é conhecido o veículo, também poderá consumir gasolina para aumentar a potência do motor.

Divulgação
A Nestlé lançou nos Estados Unidos modelos de garrafas d’água que consomem menos plástico, por conta de seu design curvilíneo. A propaganda vende o produto como amigo do meio ambiente, “Eco”. Reduzir o plástico não é suficiente para tornar a garrafinha ecológica. A empresa precisaria ter postos de reciclagem e mitigar as emissões causadas pela fabricação do produto, de acordo com especialistas. Sem tirar o fato de que, ecológico mesmo, é água filtrada da torneira, que não gasta plástico e, muitas vezes, é mais saudável do que o líquido engarrafado.
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A fabricante de itens para bebês Huggies vende nos Estados Unidos uma fralda supostamente ecológica, com “ingredientes naturais”. O único ingrediente é um pouco de algodão orgânico em seu exterior (quantidade não especificada), e 20% do seu pacote é feito de materiais recicláveis. E só. Com toda essa colaboração à natureza, criaram uma embalagem verde, repleta de folhas e com criança sentada na grama.

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O Conselho de Pele Animal do Canadá faz diversas campanhas para afirmar que a compra de casacos de pele pode ajudar a salvar habitats naturais. Em um cartaz com as palavras “ativista do meio ambiente”, coloca uma mulher vestida com peles de animais. A improvável afirmação é sustentada assim: “Comprando peles, você ajuda a manter as pessoas que vivem na região dos animais caçados. Eles  são quem mais se preocupa com o meio ambiente e, se algo acontecer na área, soarão o alarme que permitirá salvar a região de um desastre ecológico”.  Ou seja, dizimar a fauna local para abastecer a indústria têxtil é o que poderá salvar a região. Confira outras propagandas e informações neste link.

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A Dell lançou em 2008 o desktop Studio Hybrid, como seu produto mais ecológico. O slogan da propaganda, em inglês, significa “desenhado para caber no seu ambiente enquanto o protege”. Segundo a fabricante, o computador de mesa é 80% menor e consome 70% menos energia do que seus concorrentes diretos. Mas sua fabricação polui o mesmo que um computador comum (confira aqui a poluição causada por um notebook “verde” da Sony).

Desde 2006, o Greenpeace faz um ranking das empresas de eletrônicos mais verdes. Na última divulgação, feita em janeiro deste ano, a Dell estava em 14º lugar das 18º companhias analisadas.

E você, já encontrou alguma propaganda dessas no Brasil?

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