Em entrevista ao IT Forum, o CEO traça metas de migração, data cloud e ampliação de agentes de IA.
Ao assumir a SAP Brasil em 1º de abril, Rui Botelho já estabelece prioridades claras: migrar clientes on-premise para a nuvem, ampliar o uso de inteligência artificial e democratizar o acesso a dados. Em sua entrevista ao IT Forum, ele lembra que “o Brasil é um dos países mais avançados na adoção de cloud” e se compromete a “transportar cada vez mais cargas de trabalho para ambientes em nuvem”.
Botelho sucede Adriana Aroulho e dá continuidade ao projeto de modernização das mais de cinco mil empresas clientes no país. Nos primeiros dias, concentrou-se em ouvir parceiros e usuários: “Passei as últimas semanas em reuniões com integradores para entender onde eles enfrentam gargalos na migração de ECC e S/4HANA on-premise”, conta.
Para sustentar a expansão da IA, a SAP lançou em fevereiro o Business Data Cloud, em colaboração com a Databricks. Em vez de extrair tabelas manualmente, a camada semântica permite combinar dados SAP e não-SAP em um mesmo repositório. Como Botelho explica, “IA é tão boa quanto a qualidade dos dados que a alimentam”, e isso reduz custos de movimentação e acelera insights.
Em abril, a companhia traduziu totalmente a Joule para o português e liberou quatro “AI Agents” para atividades como aprovação de despesas e atendimento ao cliente. Até dezembro, a meta é chegar a 25 agentes.
Botelho observa que, além de oferecer modelos prontos, a SAP disponibiliza uma ferramenta “Build” para que cada cliente desenvolva seus próprios bots. “A Joule orquestra tudo em uma interface única, coordenando quantos agentes forem necessários”, ele afirma.
Com 30 anos de Brasil em 2025, a operação nacional figura entre as mais maduras em nuvem, ao lado de EUA e Europa. Ainda assim, Botelho ressalta a importância de um ecossistema preparado: “Vamos intensificar treinamentos e certificações para que cada integrador esteja apto a migrar sistemas legados para nuvem.”
E adianta que, “nas próximas semanas, teremos novidades no SAP Sapphire”, plataforma global em que a empresa costuma antecipar recursos e parcerias.
Para 2025, o CEO define três frentes:
Acelerar migrações — ajudar clientes ECC e S/4HANA on-premise a se transferirem para a nuvem.
Expandir IA — integrar Joule e AI Agents em toda a suíte SAP, tornando a inteligência artificial nativa uma característica padrão.
Fortalecer o ecossistema — ampliar relações, treinamentos, certificações e suporte aos parceiros locais.
“Vivemos o melhor momento da SAP no Brasil. Agora, nosso desafio é transformar essa base sólida em plataforma de lançamento para a próxima era de inovação”, conclui Botelho, com o olhar voltado para um mercado que, na sua visão, caminha rumo a decisões cada vez mais orientadas por dados confiáveis e processos automatizados.
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