Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Voando alto: varejo de moda em aeroportos

Campanha da linha eyewear da Chanel: o varejo de luxo aeroportuário decola.

 

 

Nas últimas décadas, os aeroportos deixaram de ser apenas local de embarque e desembarque de passageiros. O aumento do fluxo de pessoas que viajam de avião fez com que eles abraçassem a oportunidade de se tornar verdadeiros centros de varejo. O tempo de quem espera o voo ou check-in pode ser preenchido com compras.

 

Para os varejistas, são só vantagens. As lojas têm menos concorrência que em locais como os shoppings e ainda assim contam com grande fluxo de pessoas. Outro fator também tem beneficiado o varejo aeroportuário: o processo de desestatização de boa parte dos grandes aeroportos nacionais (Guarulhos, Brasília e Viracopos entre eles). Os processos para a entrada das lojas não precisam mais de licitação, podendo a concessionária negociar diretamente com os lojistas. 

 

Para os aeroportos que ainda sob a custódia da Infraero, é necessário fazer a licitação - o que não impede que também sejam alvo do varejo. As licitações podem fazer com que a disputa pelos leilões disparem o preço do aluguel, como o que aconteceu com o aeroporto de Congonhas, que tem o metro quadrado do aluguel mais caro que o do shopping Iguatemi, em São Paulo - cerca de R$ 950 o metro quadrado.



Loja da Dudalina feminina no aeroporto de Navegantes, em Santa Catarina.

 

 

Ainda segundo a Exame, a Infraero faturou R$ 1,3 bilhão com a exploração comercial dos aeroportos em 2012, o que é uma alta de 17,5% em relação ao ano anterior. Isso gera 30% de sua receita. 

 

Para as marcas, em especial as de moda e de luxo, vender em aeroportos era apenas uma estratégia de marketing (é bom, por precaução, estar lá). Mas os resultados ao longo dos anos, no Brasil e em diversos países do mundo, foram tão proveitosos para as marcas que passou a ser também parte da operação de varejo, sendo parte da estratégia principal de grandes marcas de luxo.  A Dudalina mantém suas lojas em vários aeroportos pelo país, de olho em executivos e executivas de passagem. Chanel, Burberry e Dior, dentre outras, vendem acessórios e perfumes aos montes para turistas, que aproveitam para comprar produtos que provavelmente não encontrariam em suas cidades ou regiões. 


Vivian Berto

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