Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Fonte:|administradores.com.br|

Por César Souza

Ser competente não serve mais para ganhar o jogo, virou obrigação. Quem não for, nem entra mais em campo.

Ser competente virou uma obrigação. Não serve mais para ganhar o jogo. Quem não for competente nem entra mais em campo. Ou se já estiver nele, vai sair rapidinho. As conhecidas competências técnico-profissionais como capacidade de planejamento, negociação, administração do tempo, comunicação, condução de reuniões, dentre outras,são desejáveis em qualquer profissional, mas não mais se constituem naquele diferencial decisivo que deixará a sua marca na história de uma empresa.

Essas competências já foram codificadas e tentam ser ensinadas a verdadeiras legiões de profissionais, que se esforçam para adquiri-las. Viraram commodities. Servem para, no máximo, transformar você em um ou uma gerente mais eficiente, enquanto as empresas necessitam de líderes eficazes. Servem para torná-los mais competentes, quando as empresas buscam os profissionais metacompetentes.

O "líder metacompetente" – tomo de empréstimo aqui o conceito análogo de "Metacompetência" proposto pelo professor Eugênio Mussak – consegue obter resultados incomuns de pessoas comuns. Surpreende, superando sempre o esperado. Em vez de simplesmente dar ordens e cobrar rendimento, ele ou ela incentiva cada um a fazer o seu melhor, porque dá o seu melhor. Não espera acontecer. Cria as oportunidades. Estimula o senso de urgência, não deixa as coisas para amanhã. Sabe que a equipe só se beneficia da diversidade dos talentos se houver complementaridade.

O líder metacompetente incentiva parcerias, apóia iniciativas. Prioriza o que a equipe precisa, não apenas o que desejam seus integrantes. Consegue o grau de compromisso e de disciplina necessários para realizar sonhos definidos em conjunto, não apenas satisfações imediatistas.

Celebra os sucessos e as pequenas vitórias. Distribui parte dos resultados gerados, em retribuição à comunidade. Avalia desempenho, dá oportunidade, mas sabe detectar os improdutivos. Consegue o que muitos consideram impossível, equilibrar a busca do sucesso profissional com suas necessidades pessoais, familiares, espirituais. Não permite que sacrifícios na esfera pessoal sejam interpretados como demonstração de lealdade à empresa e recompensados com meras promoções ou placas de agradecimento. Sabe compatibilizar as pressões da sobrevivência de curto prazo com as necessidades de longo prazo. O hoje com o amanhã. Cuida do presente enquanto cria o futuro.

Tento dar uma contribuição ao pensamento e à prática gerencial ao propor que o novo paradigma da atuação profissional, em qualquer área, seja a idéia de ser um líder metacompetente, um conceito que nos encoraja a ir muito além do convencional, do job description, do padrão. Ou seja, a desenvolver competências que são transversais às competências essenciais.

Trata-se do aprimoramento das qualidades humanas que potencializam a capacidade técnica. Mais do que bons profissionais o mundo deseja bons seres humanos, exercendo suas profissões de forma surpreendente. Pessoas que executam seu trabalho com paixão e colocam sua alma no que fazem.

Metacompetência é o diferencial competitivo que supera as expectativas de chefes e clientes, garantindo o sucesso dos negócios, empregos e carreiras. E agora? Você vai se contentar em ser apenas um profissional competente? Ou vai além?

César Souza (cesarsouza@empreende.net) consultor , escritor, palestrante e presidente da Empreenda Consultoria nas áreas de Estratégia , Mkt e RH.

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