Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Volume volta a crescer no varejo e 2024 sinaliza nova recuperação

A sinalização tem sido destacada por fabricantes e redes de supermercados, atacarejos e farmácias nas últimas semanas, ainda que de forma cautelosa.

 O mercado de consumo brasileiro começa a enxergar espaço para um aumento mais consistente no volume vendido nas lojas em 2024, após anos de encolhimento da lista de compras da população, que afetou duramente a venda de certos produtos.

O desempenho em parte de 2023 já abriu terreno para esse movimento de retomada, que pode se consolidar neste ano, com a ressalva de que depende, diretamente, da estabilidade econômica, com geração de emprego e inflação controlada, dizem consultores e empresas.

A sinalização tem sido destacada por fabricantes e redes de supermercados, atacarejos e farmácias nas últimas semanas, ainda que de forma cautelosa. Há indicadores positivos que podem, inclusive, melhorar resultados e margens dos grupos, caso se consolidem como tendência.

Levantamento da empresa de pesquisas NielsenIQ (NIQ), exclusivo para o Valor, mostra aumento de 2,6% no volume vendido em 2023, recuperando a perda dos dois anos anteriores, e com avanço de 10,9% na venda em valor, versus o ano anterior. Há projeção de nova alta para volume em 2024.

A análise considera a cesta de não duráveis, que inclui alimentos, bebidas, itens de higiene, limpeza, beleza, entre outros. Ao se isolar apenas os produtos alimentícios em 2023, o volume sobe 1,7% e o valor, 8,2%. Em bebidas, a quantidade vendida avança mais, 3%, e em higiene e beleza, a alta vai a 5,4%, a maior do relatório.

Itens de bazar (como panelas, pilhas, lâmpadas, papelaria) têm o pior desempenho, com estabilidade em 2023 sobre 2022.

Foi o primeiro crescimento na quantidade total vendida após 2021 e 2022 com recuos (veja tabela ao lado), e isso ocorreu com a receita ainda mantendo dois dígitos de aumento, apesar da perda de velocidade no faturamento frente a outros anos.

Há um efeito do acerto no “mix” de produtos vendidos por lojistas e indústria, incluindo lançamentos, diz a NIQ, além da alta de preços em categorias relevantes na composição da receita total – mesmo com a deflação alimentar de 0,5% em 2023.

Grandes marcas têm mencionado esses ajustes no portfólio. Em outubro, em uma conversa com analistas, o CEO global da Unilever, Hein Schumacher, falou do lançamento de uma maionese premium no Brasil e dos desodorantes que prometem proteção por 72 horas. E citou uma “premiunização” de produtos, com “bom impulso de volume” para os países das Américas.

A alta de 2,6% no volume total em 2023 também reflete, em certa medida, a base de comparação fraca do ano anterior, já que em 2022 houve retração de 1,6%. Mas o cenário positivo se estendeu para o começo de 2024, segundo declarações de executivos e dados divulgados na semana passada, o que indica não ser só impacto da base fraca.

Na quinta-feira (14), a pesquisa do comércio publicada pelo IBGE mostra alta de 1,1% no volume vendido de supermercados e hipermercados em janeiro frente a dezembro, considerando números com ajuste sazonal do Natal. E a receita se expandiu 2,1%.

“As empresas podem crescer em 2024 sem depender tanto de preço, mas de ganho de volume, isso considerando um cenário de estabilidade econômica, com maior renda e emprego”, diz Gabriel Fagundes, executivo de análise para a indústria da NIQ.

Segundo ele, é possível identificar ambiente para um avanço de volume “mais consistente”, com melhora de ‘mix’ de produtos e maior “trade up”, que ocorre quando cliente busca marcas de maior qualidade ou valor.

Por Adriana Mattos e Natalia Flach

Fonte: Valor Econômico

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