A Medida Provisória editada hoje no Diário Oficial da União (nº 669), que reduziu a desoneração da folha de pagamentos ao elevar as alíquotas cobradas das empresas, veio de encontro ao que o Presidente do Sindivestuário, setor que representa a indústria de confecções e roupas, havia dito no início do mês, quando afirmará que “o pior ainda está por vir”.
“Errado. O pior já chegou e quase nada resta à sobrevivência dos empregos e das empresas do setor de vestuário”, diz Ronald Masihah, presidente do Sindivestuário.
Assim o vestuário, como outros segmentos econômicos, que recolhiam 1% sobre o faturamento passam a 2,5% — e as que pagavam 2% a 4,5% sobre o faturamento, em ambos os casos já a partir de junho.
Em particular, o setor de vestuário é um exemplo desta deterioração da indústria de transformação. “A recessão dos últimos anos vividos pela indústria de roupas mostra que do ponto de vista do nível de atividade o pior ainda está por vir”, diz o Presidente do Sindivestuário, Ronald Masijah.
O setor vem reduzindo a cada ano sua produção (-3%, -5% e – 4%, nos últimos três anos), e é substituído nas prateleiras do varejo pelas roupas importadas – notadamente da China. O déficit da balança do setor têxtil/confecção em 2014 foi de US$ 5,9 bilhões. E, para 2015, os empresários do setor estimam que não haverá crescimento, ao contrário, preveem retração entre 2% a 5%.
“Nesse cenário, só se pode prever mais desemprego e fechamento de confecções em todo o País”, diz Masijah.
Para mais informações bem como análise do panorama no Vestuário que se projeta para 2015 estão à disposição o Presidente do Sindivestuário, Ronald Masijah, e o presidente do Sindiroupas, Antonio Trombetta. Contatos pelo telefone (11) 9 6448 0985 – 3889 2275.
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