Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Greice Verrone

Designer de Moda

 

Normalmente a produção de sutiãs é feita sob um padrão entre a largura das costas e o tamanho do busto. Essa produção padronizada, que não leva em consideração a diversidade dos biotipos femininos, prejudica muito a mulher na hora de comprar um sutiã, que ela espera que seja confortável e tenha um encaixe perfeito nos seios. Para entender como fazer sutiã é preciso levar em consideração os diferentes biotipos que existem.

Primeiro passo de como fazer sutiã! Duas medidas devem ser consideradas, a das costas, logo abaixo do busto, e a circunferência, incluindo o busto. Também devem ser considerados os modelos dos bojos:

E o tamanho dos bojos, chamado de taças:

Taça A: para quem tem as costas mais largas que os seios, a taça é A. Um exemplo é uma pessoa que tem  costas tamanho 44 e seios tamanho 42. Seu tamanho será 44 A.

Taça B: para quem tem medida das costas e dos seios proporcionais, iguais. Assim, se as costas forem tamanho 44 e os seios 44, seu sutiã é o 44B.

Taça C: para quem tem costas mais estreitas que os seios, sendo que os seios possuem um número maior em relação às costas.

Um exemplo é quem tem costas número 44 e seios número 46.  O sutiã correto é o 44 C.

Taça D: para quem tem as costas mais estreitas que os seios, que são dois números maiores em relação ao tamanho das costas. Assim, quem tem costas tamanho 44 e seios tamanho 48 deve usar o sutiã 44 D.

Taça DD: para quem tem as costas mais estreitas que os seios, que são três números maiores em relação ao tamanho das costas. Um exemplo é quem tem costas tamanho 44 e seios tamanho 50.

Segundo passo de como fazer sutiã! Na criação das peças, tendo definidos a tabela de tamanhos, é hora de escolher os modelos que vão compor a coleção.

CLÁSSICO - O mais comum dos sutiãs é um sutiã básico em que a taça tem formato similar ao triangular, mas é mais angular e a parte central pode ser mais fina. É um modelo que pode ou não ter bojo e aro. 

TOMARA-QUE-CAIA - Este modelo foi pensado para ser usado com peças também tomara-que-caia, ou em que as alças do sutiã não podem aparecer. Ele é projetado de forma a sustentar tudo sem ajuda de alças, que pode ser encontrado com ou sem bojo e aro, e também pode ser confeccionado com barbatanas laterais nos tamanhos maiores, para auxiliar na sustenção. 

Meia taça - O sutiã meia-taça é aquele em que a taça ou o bojo cobre ¾ do seio, ou seja, é mais cavado. Deve ser confeccinado com aro. Existe um modelo similar, o balconê, que tem decote mais cavado e as alças mais separadas.

BRALETTE - Esse modelo se assemelha a um top, só que próprio para sobreposição, Pode ser feito em renda ou em tecidos lisos, não tem bojo nem aro. 

NADADOR - A peça tem as costas no formato de Y, de onde saem as alças, e o fecho pode ser na frente para facilitar na hora de vestir.

FRENTE-ÚNICA - Tem uma tira que passa atrás do pescoço, o fechamento pode ser frontal ou traseiro pode ser confeccionado com ou sem bojo.

É possível confeccionar lingerie com todo tipo de tecido, mas em geral o melhor resultado se dá usando tecidos que tenham elastano na composição, de pelo menos 5%. Assim, as palas dos sutiãs ficam mais elásticas e vestem melhor, proporcionando maior conforto.

 

Os bojos (ou copas) dos sutiãs podem ser de tecido elástico ou não, depende do uso.

Para os tamanhos grandes, que precisam de sustentação, o ideal é usar o bojo de tecido sem elastano, como rendas rígidas, laise de algodão, tecidos bordados, cetim etc. Assim, o tecido ajuda a segurar o peso dos seios e também a não sobrecarregar o peso nas alças.

 

E para os tamanhos pequenos ou médios, que não precisam de tanta sustentação: como fazer sutiã? Ele pode ser todo de tecido com elastano, como malhas de algodão ou poliamida, bastante confortáveis!

 

Pra finalizar, é importante saber que hoje em dia existem tecidos tecnológicos que podem ser usados na confecção de peças íntimas e que NÃO DÃO ALERGIA, e poliamidas que trocam calor com o corpo (ou seja, não ensopam com a umidade do calor) e por isso não permitem a proliferação de bactérias.

 

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Bibliofrafia:

Apsan, Rebeca – The Lingerie Handbook

Greice Verrone

Designer de Moda

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Pra finalizar, é importante saber que hoje em dia existem tecidos tecnológicos que podem ser usados na confecção de peças íntimas e que NÃO DÃO ALERGIA

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