Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Amancio Ortega o dono da Zara é eleito o homem mais rico do mundo pela Forbes

Quer ficar bilionário? É só construir um império de roupas com base na expansão agressiva, produção vertiginosa, materiais baratos com qualidade duvidosa e trabalho ainda mais barato. O reino do “Fast Fashion” criou as fortunas de alguns dos empresários mais ricos do mundo se aprovitando da mão de obra super barata dos mais pobres. O homem mais rico do mundo atualmente é o bilionário Amancio Ortega, fundador do Grupo Inditex que é proprário de várias marcas, entre elas a gigante Zara.

Amancio Ortega superou a fortuna de Bill Gates, fundador da Microsoft, segundo a famosa lista de classificação de bilionários da revista Forbes. O empresário galego se torna o homem mais rico do mundo com uma fabulosa fortuna de 78,6 bilhões de dólares, valor acima dos “módicos” 78,5 bilhões de dólares de Bill Gates.

Na lista anual publicada pela Forbes em março de 2016, Ortega teria aumentado sua fortuna em 11,6 bilhões de dólares, enquanto Gates teria ficando “somente” 3,5 bilhões de dólares mais rico. A ações da Inditex na semana passada, subiram 3% e as da Microsoft acumularam uma queda de 0,7%, de acordo com a Forbes.

O dono da Zara se tornou a pessoa mais rica da Espanha, de toda a Europa e do mundo. Mas o fast fashion também criou as maiores fortunas na indústria da moda como Stefan Persson, presidente da H & M , o homem mais rico da Suécia com um fortuna de US $ 20,2 bilhões, segundo a Forbes. Com um patrimônio líquido de US $ 17,7 bilhões , Tadashi Yanai, fundador do Grupo Fast Retailing dono da Uniqlo, é o homem mais rico do Japão.

Amancio Ortega o dono da Zara é eleito o homem mais rico do mundo pela Forbes stylo urbanoO exclusivíssimo clube dos homens mais ricos do mundo que ganharam suas fortunas com fast fashion

As famílias atrás de C & A , na Holanda, juntamente com a Primark na Irlanda são todos bilionários também. Suas fortunas e o sucesso de suas redes de fast fashion depende em grande parte do quanto são mais rápidos e mais baratos do que os seus rivais.

Muitas dessas grandes redes varejistas cujos dono são bilionários fazem quase ou toda sua produção tercerizada em países de baixos salários, onde as roupas são feitas por alguns dos trabalhadores mais mal remunerados na economia global, sem proteção trabalhista, se sujeitando a jornadas de trabalho exautivas, tirando poucas folgas por mês. Essas empresas têm enfrentado acusações constantes de exploração de trabalho escravo e de destruição do meio ambiente nos países asiáticos onde fabricam suas coleções. Até mesmo a China, a “Fábrica do mundo” está pensando seriamente se quer continuar a ser uma fábrica barata para as redes de fast fashion devido ao enorme estrago ambiental que causou ao meio ambiente do país.

Com o bombardeio constante de publicidade, além da ascensão das mídias sociais, também estamos testemunhando uma mudança completa de 360 graus na forma como as pessoas consomem moda. Atualmente os consumidores nos países Ocidentais não querem ser vistos com a mesma roupa várias vezes, dessa forma consomem roupas e acessorios de fast fashion como algo descartavel em vez de investimento de longo prazo.

Até o final dos anos 70, as pessoas compravam roupas duráveis para usalas diversas vezes e costumavam repará-las quando se danificavam.  Mas com a ascenção das redes de fast fashion desde os anos 90 e das mídias sociais a partir de 2000, houve uma mudança completa na indústria da moda como o cliente interagindo constantemente com a tecnologia a procura de novidades o tempo todo. Em outras palavras, os clientes também precisam assumir parte da culpa. O hiperconsumismo de moda tem muito a ver com a mentalidade do consumidor.

Realmente o fast fashion criou o sistema de produção e distribuição mais eficeinte na cadeia de abastecimento que possibiliou a todas as classes sociais comprarem mais artigos de moda por um menor preço, beneficiando principlamente as classes C e D. Mas esse crescimento vertiginoso e insustentável do fast fashion criou seríssimos problemas socioambientais em todo planeta que precisam ser urgentemente solucionados.

O consumo de moda cresceu 400% em relação aos ano 80 e hoje os aterros estão superlotados com resíduos têxteis sendo que grande parte não é reciclada gerando um grande desperdício de matéria prima. A indústria da moda se tornou a segunda mais poluente do mundo e a primeira em obsolescência programada criando produtos feitos para durar pouco e serem descartados rapidamente.

Mas devido a mudança de mentalidade para uma fabricação de moda mais ética e sustentável, o sistema de hiper produção e hiper consumo de economia linear vai aos poucos sendo sustituida pela economia circular para assim criarmos uma indústria da moda circular.

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As vezes criamos impérios as custa da miséria dos outros, para que levar pra onde deixar pra quem, o  que tiramos dos pobres não tem valor, esses caras rouba os pobres, o estado em que vive e rouba a paz do mundo, o mundo esta acabando o povo esta fugindo dos seus pais por  causa de guerra e eles acumulam riquezas, pega este dinheiro e doa para os refugiados do mundo, todas estas fortunas não valem nada são sujas de suor e sangue alheio..

Com tantos setores poderosos, um empresário varejista do setor de confecção é aclamado ou melhor definido como o mais rico do mundo, pelo menos neste instante, o que é incrível, rico com roupas e acessórios, quando segmentos fortes não conseguem tal lugar.

Concordo plenamente que o trabalho escravo não deve ser potencializado. Fato.

Porém não existe e nunca existiu embargos destas marcas quando comercializam no Brasil ou em qualquer pais que se instalem.

Assim são dois crimes, "estimular o trabalho escravo" e a "concorrência desleal" sendo que no Brasil somos um dos pais mais rígidos do mundo sobre responsabilidade trabalhista e fiscal.

Camboja, Vietnã, China, Índia são países que fabricam principalmente várias marcas de esporte e ninguém se importa com isso.

De pleno acordo, enquanto somos submetidos à rígidas leis e normas, produtos comercializados por Zaras da vida, confeccionados em países com regime superior à escravidão, passam tranquilamente por nossas alfandegas e a sociedades, inculta, não leva em conta tais procedimentos, comprando o que cabe no bolso, independentemente se vem do inferno trabalhista asiático.

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