Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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“Upcycling” é o oposto do “downcycling” que é a outra metade do processo da reciclagem. Downcycling envolve a conversão de materiais e produtos em novos materiais de menor qualidade.

Por exemplo, durante o processo de reciclagem do plástico, exceto os usados para criar garrafas, diversos tipos de plásticos são misturados entre si, resultando em um híbrido. Este híbrido é usado em aplicações de madeira plástica. O crescimento do uso se deve à aceitação comercial cada vez maior, uma vez que os custos são reduzidos, nos materiais utilizados.

Já o chamado “upcycling”. A palavra,  junção de “up” com reciclagem, significa dar status novo e melhor a algo que acabaria (injustamente) condenado ao lixo. Ao contrário da reciclagem, no entanto, a matéria-prima não precisa “morrer” para renascer – pense numa lata de alumínio, por exemplo, que tem de ser derretida para dar origem à uma nova. Aqui, a proposta é lançar mão de soluções engenhosas sem que o objeto mude de estado químico no processo. É um reuso criativo, que vem se propagando entre grifes que sabem ter em mãos um material merecedor de uma segunda chance.

O primeiro registro de uso do termo “upcycling” foi por Reine Pilz da Pilz GmbH, em entrevista para Kay Thornton da Salvo, 1994. O termo também foi usado pelo arquiteto William McDonough e químico Michael Braungart, autores do livro Cradle to Cradle. “Remaking the way we Make Things”, Criar e reciclar ilimitadamente. de 2002É um manifesto pedindo a transformação da indústria através de um DESIGN ECOLOGICAMENTE CORRETO. Fala que o sistema industrial que hoje apenas toma, faz e joga fora (takes, makes and wastes) pode se tornar um criador de bens e serviços que geram valor ecológico, social e econômico. Os autores propõem que mudem os nossos processos de design de modo que a reutilização e a inserção de materiais pós consumo sejam contruídos diretamente no processo de criação. Em vez de minimizar resíduos, podemos criar valor.

Na Europa, essa mentalidade vem crescendo entre marcas tradicionais como Hermès e Fendi . Já que o padrão de qualidade, exclui aquelas peças que apresentem qualquer mínimo defeito, algum material é retido e… como são reaproveitados? Couro, tecido, ferragens podem e devem ser material, para novos itens, desenhados por mentes motivadas pela causa.

Mesmo uma empresa com produção altamente eficiente, dispensa  10-20% de resíduos no corte dos tecidos, embora o material ainda em boa qualidade. Incinerar ou levar aos aterros já não representa uma prática inteligente. A solução é a implementação da produção de circuito fechado da economia circular. Significa usar as sobras, por um método de reaproveitamento da matéria prima como está ou transformando-a em nova, para uma segunda vida.

Novas peças únicas surgem pelas mãos de quem vê no descarte uma possibilidade.

Daniel Silverstein é um estilista de Nova York e fabricante de roupas com zero resíduos. Em 2016, resgatou cerca de 3 toneladas de retalhos têxteis que sobraram das confecções. Isso é suficiente para fazer cerca de 6.000 peças da sua marca Zero Waste Daniel/ZWD http://zerowastedaniel.com/

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As peças à espera por nova vida e o resultado artesanal.

Em São Paulo, uma modelista experiente, ensina grupos de alunos interessados no processo artesanal. Madame Goretti, arquiteta e designer, atuando no mercado da moda com amplo conhecimento de modelagem e desenvolvimento de produtos em vários segmentos, consultora de modelagem, ela lidera um programa de capacitação profissional.

Nos cursos de graduação a professora procura transmitir seus conhecimentos nas técnicas de modelagem, costura, na criação  e construção de roupas.  Pensando na questão da sustentabilidade e com foco na economia criativa, a expert desenvolveu o exercício redesign, onde ministra os cursos no Ateliê Escola Qui Design.

http://www.labfashion.com.br/

https://faledemodablog.wordpress.com/2017/01/27/redisig-n-ou-upcycl...

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