Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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“Moda é uma maneira de libertação e afirmação para as mulheres”

Uma das maneiras de Floriane Fosso exercer o seu feminismo é pelo seu estilo próprio.

Aos 25 anos, a parisiense Floriane Fosso já entende a moda como gente grande. Para ela, que tem a sua própria marca, vestir-se tem tudo a ver com o desejo de se expressar. A jovem estilista acredita que através das roupas podemos impor nossa liberdade ao apresentarmos o nosso estilo ao mundo. Pouco importa se isso acontece quando ela está usando algo muito delicado ou algum look totalmente inspirado no vestuário masculino. Acompanhe suas dicas de moda, beleza e passeios por Paris!

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O que você estava vestindo no momento da foto?

Um look de trabalho, descontraído e trendy. Eu amo estar confortável com as minhas roupas, sem deixar de dar um toque romântico, cool, mas sem excessos.  Curto muito as cores e materiais mais duros para fazer um jogo de opostos com peças mais leves. O mantô é Chitown, bolsa e saia de minha marca própria com moletom da Kenzo, uma echarpe Bocage e sapatos comprados em uma loja vintage.

Você se sente influenciada por Paris para vestir-se? Se sim, como?

Para mim, Paris é uma cidade romântica e elegante por excelência. Tudo isso é natural, inato. É o mito da parisiense “naturalmente elegante” que me fascina e influencia. Mais que um mito, aliás! É a assinatura de um verdadeiro estilo que eu observo em tudo que me cerca. O que me encanta, particularmente, depois alguns anos, é o multiculturalismo que se instaurou na cidade. Tanto no vestir, quanto no lifestyle. Hoje, tudo é mais urbano, moderno e cosmopolita. Como num retorno aos anos de ouro de Yves Saint Laurent eram profundamente conectados com esse choque de etnias que tanto amo.

Qual o seu contato com a moda?

Estou imersa todos os dias. Sou estilista e ela me acompanha em todos os níveis, desde a criação, marketing, merchandising, etc.

E por que você escolheu trabalhar com moda?

Por que ela é uma permite com que as pessoas se expressem e funciona como uma libertação do que os outros pensam sobre nós, além de ser uma excelente fonte de auto-afirmação para as mulheres. É uma forma de criatividade passional que vive em constante evolução e reflete os desejos e necessidades da sociedade. Ela está sempre ligada aos movimentos pelos quais o mundo atravessa.

O que significa essa afirmação? Como expressá-la?

Podemos nos afirmar usando calças dos anos 60, por exemplo, ou ainda camisetas unissex dos anos 90 para rejeitar as convenções do sexy, etc. Eu adoro quando a avó do meu namorado me fala sobre a revolução que ela viveu no vestir, já que ela foi a primeira mulher da família a usar calças compridas. É, para mim, algo muito forte e significativo.

 

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(Ana Garmendia)

Entre a moda e a beleza, qual é a mais importante?

Questão difícil. Para ser bem honesta, quando eu comecei a minha marca, eu estava tão presa ao trabalho… Eu esquecia de me maquiar, como se a beleza fosse superficial e sem importância, como se o trabalho justificasse o sacrifício em nome de algo mais importante. Depois tomei consciência de que eu me amava menos ao fazer isso, então eu voltei a ter vontade de me maquiar, me cuidar, usar cremes e agora eu tenho dificuldade em me livrar desses hábitos de beleza. Me sentir bonita, cuidar da minha pele, me maquiar, me ajudam a me sentir bem e me dão confiança em mim mesma. Diria que a beleza ajuda a nos revelarmos e a moda a nos afirmarmos. Elas são complementares e importantes.

O que você não vive sem em termos de beleza? Um perfume indispensável?

Eu adoro a marca Clarins. Meus must have são Huile tonique e a Eau dynamisante, além dos cremes para as mãos e rosto. E adoro a Yves Rocher para as maquiagens e a marca de luxo ecológica para as unhas Kure Bazaar. Como perfume, eu não vivo sem o Le Jardin de Monsieur Li da Hermès.

 Quais são suas marcas de moda preferida?

Jérome Dreyfuss, Stella McCartney e Céline.

 Um segredo ou fórmula de vestir?

Equilibrar os volumes. Conhecer o que favorece a nossa morfologia, ousar nas cores e sempre dar um toque divertido! Ter prazer ao vestir e não andar igual a todo mundo.

Você tem ícones de moda feminino ou masculino?

Quando eu era adolescente, adorava os looks do personagem de Sarah Jessica Parker em Sex and the City. Eles me faziam sonhar. Mas meu ícone absoluto é Yves Saint Laurent, por seus valores empoderadores, suas criações exóticas e seu estilo visionário. As mulheres devem muito a ele.

Quais são seus lugares preferidos em Paris, seja para passear fazer compras ou divertir-se?

Passo muito tempo na minha butique, que é uma loja conceito no Palais Royal, onde eu tenho minhas criações, além de outras marcas emergentes e ainda um espaço para manicure com a marca que eu adoro, a Kure Bazaar. Dentro desse espírito de experiência de moda, eu adoro o Le Bon Marché para descobrir o que seus buyers escolheram para ter em suas prateleiras. Para relaxar, faço massagem e escova no salão Saravy em Montorgueil. Lá eles trabalham apenas com os produtos naturais da Aveda. O cheiro dos produtos é maravilhoso e a decoração é magnífica. Para sair à noite, vou muito ao bairro 18, ao l’hôtel Terrass, um lugar chique, moderno e descontraído e com uma vista incrível de Paris. Restaurante: adoro ir com meu amor ao chez Etsi, um bistrô grego reformulado.

Quais são seus segredos para cuidar da forma?

Esporte, massagens, hidratar minha pele, comer saudável e dormir bem. Dar prioridade aos produtos naturais, ao invés de medicamentos e, sobretudo, amar o que eu faço e também amar os outros. Aproveitar a vida com a família, com o namorado, amigos.  Saber dar valor aos momentos simples.

Por Ana Garmendia

http://elle.abril.com.br/blog/moda-real-parisiense/moda-e-uma-manei...

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