Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Fim da desoneração da folha dificulta retomada do crescimento

Presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) diz que o aumento de custo resultante da medida terá impacto negativo nos setores produtivos. 

“A reoneração da folha de pagamentos é contrária à proposta de conquistar o equilíbrio fiscal por meio da eficiência da máquina administrativa e racionalização das despesas de custeio”, salienta Fernando Pimentel, presidente da Abit, enfatizando: “A medida prejudicará os setores produtivos, em especial o têxtil e de confecção, que foi pioneiro na mudança da base de contribuição, dada sua capilaridade, potencial de geração de empregos e forte concorrência com países que não têm os mesmos padrões de compliance, preocupação ambiental e relações trabalhistas”.  

Pimentel lembra que a desoneração da folha foi adotada para minimizar o aumento da carga tributária pela mudança do PIS/Cofins de cumulativo para não cumulativo. “Esta alteração impactou setores que agregam muito valor através do trabalho”.

Embora reconheça a gravidade do quadro fiscal e a necessidade de seu reequilíbrio, Pimentel afirma que o fim da desoneração foi uma ducha de água fria nos setores produtivos, num momento de expectativa positiva quanto ao início da recuperação econômica. “Onerar a produção num cenário de crédito escasso e juros muito altos, depois de três anos de recessão, não é estratégico, desestimula investimentos e gera desconfiança quanto ao risco de novos aumentos de tributo”.

Para o presidente da Abit, a decisão do governo surpreendeu todos, pois foi adotada sem nenhuma discussão prévia, embora a entidade esteja sempre aberta ao diálogo, às sugestões e às críticas construtivas.

“Na indústria têxtil e de confecção, cuja estimativa era crescer 1% em 2017, o empenho será grande para manter a retomada, mas acredito ser necessário revisar a projeção, o que faremos em abril”, informa o presidente da Abit, concluindo: “O setor, depois da perda de 130 mil empregos nos últimos dois anos, iniciou 2017 com um saldo positivo de 12.804 postos de trabalho, nos dois primeiros meses. Porém, a reoneração da folha é uma dificuldade a mais para a retomada dos investimentos e da geração de postos de trabalho”.

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