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François Locoh-Donou, CEO global da F5: “multicloud é o novo normal”

Em entrevista ao IT Forum, o executivo discutiu os desafios de transformar a companhia para atender à demanda de um mercado multicloud.

François Locoh-Dunou, CEO global da F5. Imagem: divulgação.

F5, provedora de soluções de segurança cibernética, está apostando na proteção de diversos sistemas integrados utilizando Inteligência Artificial (IA), Machine Learning (ML) e análise comportamental.  

Em uma conversa exclusiva ao IT Forum, François Locoh-Donou, CEO global da F5, compartilhou os desafios e conquistas da empresa durante sua jornada de transformação digital. Desde sua entrada na F5, o executivo testemunhou uma mudança significativa no paradigma operacional da empresa, inicialmente centrada em hardware para agora se destacar como uma líder em soluções de software. 

“Quando me juntei à F5, estávamos em uma encruzilhada”, explicou Locoh-Donou. “Nossos clientes estavam migrando suas aplicações para nuvens públicas, abandonando os data centers privados. Isso gerou incertezas sobre nosso futuro, já que nossa oferta tradicional era baseada em hardware.” 

Essa transição levou a F5 a iniciar uma transformação ambiciosa para expandir suas capacidades além do ambiente tradicional de data centers. “Decidimos que precisávamos levar nossas tecnologias de segurança e entrega de aplicações para qualquer lugar: nuvem pública, borda, data centers locais e além”, enfatizou o executivo. “Essa foi a jornada que embarcamos há seis anos, passando de uma empresa centrada em hardware para uma empresa de software.” 

Durante esse período de transformação, Locoh-Donou destacou os desafios enfrentados. “Quando você está transformando uma empresa, você se depara com muitos desafios. Cada nova iniciativa é como aprender a andar de bicicleta ou nadar pela primeira vez; é difícil e você vai errar”, compartilhou ele. “Mas cada desafio nos permitiu desenvolver novas competências. Hoje somos especialistas em construir e vender software”. 

Além de mudar seu modelo de negócios, a F5 também ampliou seu foco para incluir segurança cibernética. “Anteriormente éramos conhecidos por balanceamento de carga, agora mais de um bilhão de nossa receita vem de soluções de segurança”, explicou.  

O futuro multicloud 

Sobre o futuro da F5, Locoh-Donou vislumbra um cenário onde aplicações e dados estão cada vez mais distribuídos. “Nossos clientes não falam mais em centralizar tudo em uma nuvem pública. Eles querem flexibilidade com várias nuvens públicas e data centers locais”, observou ele. “Com a ascensão da inteligência artificial e aplicações distribuídas, estamos bem-posicionados para oferecer segurança e entrega onde quer que as aplicações residam.” 

Segundo ele, “88% das organizações estão implementando aplicativos e APIs em ambientes híbridos, com 38% destas operando em seis ou mais locais diferentes”. Essa dispersão, ele argumentou, “aumenta significativamente a complexidade operacional sem que os orçamentos acompanhem esse crescimento.” 

Essa complexidade crescente está diretamente ligada aos desafios de segurança digital. Ele destacou que a manutenção da segurança está se tornando cada vez mais difícil devido à frequência crescente de violações de dados e ataques de ransomware. “Os crimes cibernéticos, que agora representam uma economia global maior do que a falsificação, o tráfico de seres humanos e o tráfico de drogas combinados, estão se tornando uma ameaça significativa para a segurança digital. A chegada da inteligência artificial generativa e das deepfakes torna o futuro do mundo digital ainda mais incerto, aumentando a complexidade e os riscos”. 

Entendendo essa demanda do mercado, o executivo afirma que a F5 tem se comprometido a combater essa complexidade em nome de seus clientes, investindo em inteligência artificial, aprendizado de máquina e automação para simplificar a entrega e a segurança de aplicativos e APIs empresariais. “Nosso papel nessa luta é combater a complexidade, tornando o trabalho de combater tais ataques mais fácil”, concluiu. 

Essa abordagem já está sendo aplicada em diversas regiões do mundo, inclusive no Brasil. Um exemplo é o sistema Ailos, uma organização brasileira que reúne 13 cooperativas de crédito. A F5 Distributed Cloud Services é utilizada para proteger e gerir a multinuvem que atende 1,6 milhão de cooperados. Atualmente, 200 aplicações e milhares de APIs da Ailos são protegidas com a ajuda de recursos de Inteligência Artificial (IA), Machine Learning (ML) e análise comportamental da F5. 

Locoh-Donou enxerga o Brasil como um mercado importante para a empresa. “A F5 tem uma presença no Brasil há muito tempo, por isso, nossos planos são continuar a investir e ajudar a entregar serviços de segurança a partir dos nossos pontos de presença”, afirmou. 

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