O foco, a disciplina e a pitada de inocência que formaram a nova líder da Microsoft

À frente da Microsoft Brasil a quase um ano, Priscyla Laham não se vê em outro lugar que não seja a tecnologia.

Priscyla Laham, presidente da Microsoft Brasil (Imagem: divulgação)

Priscyla Laham tinha 15 anos a primeira vez que se imaginou como uma executiva de negócios. Na época, ela conta que o sonho era ser uma executiva global e morar em Nova York. Mais de 20 anos depois, a vontade de morar fora mudou e, enquanto presidente da Microsoft Brasil, ela considera que completou tudo o que sua versão adolescente idealizava.

Para chegar até lá, Priscyla afirma que o foco e um pouco de inocência foram essenciais, já que, apesar de não possuir referências femininas de liderança, ela ainda se via alcançando os cargos no futuro.

“Quando eu entrei já tinha meus pares no estágio então, eu não me via sozinha. A minha impressão era de que os meus sabotadores eram tão meus, que não passava pela minha cabeça que era pouco possível uma mulher líder.”

Estudante de escola pública e formada em marketing, Laham conta que chegou na tecnologia por acaso. Com sua vontade de ajudar as empresas a gerarem demanda, em suas primeiras tentativas para buscar vagas de estágio, ela procurava por organizações de bens de consumo, no entanto, devido ao estágio do seu inglês na época, foi aceita apenas no programa da IBM.

Apesar de não ser o alvo desejado, a oportunidade logo lhe brilhou o olho. “Eu via todas aquelas trocas B2B e o quanto a tecnologia podia impactar a produtividade das pessoas, e aí, me encantou, na verdade, essa história de tecnologia.”

Depois do primeiro contato, Priscyla decidiu ficar na área. Após dois anos na IBM, a executiva fez seu primeiro ingresso na Microsoft. A chamada “primeira temporada” na companhia durou cerca de 14 anos e contou com experiências como marketing B2B e uma mudança de país para a Argentina.

O período chegou ao fim por mais uma coincidência: Laham queria voltar ao Brasil e a Meta possuía uma vaga que a desafiava a conhecer, de uma forma diferente, o mundo de advertising no país. O aprendizado durou pouco mais de um ano, mas logo a vontade de ter um plano de carreira falou mais alto.

“Diferentemente da Meta, a Microsoft é uma empresa de carreira. E aí, eu fiz a minha última cartada, porque eu queria muito sentar na posição em que estou hoje. Então perguntei se eu tinha chance e se traçaríamos um plano para eu chegar lá. E me disseram que sim.”

Além de ocupar o cargo dos seus sonhos atualmente, como uma apaixonada pela América Latina, Priscyla pensa também em, no futuro, atuar como conselheira de empresas brasileiras e latino-americanas. E para aquelas que desejam seguir passos parecidos com os seus, ela deixa um conselho final.

“Se pergunte sempre quais são as opções certas para onde eu quero chegar? E se lembre-se de que é um long run, não gaste energia demais em alguns momentos em você pode aproveitar melhor a vida.”

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