Em nova parceria, Forcepoint e Tuvis querem proteger as empresas de ataques via WhatsApp

Empresas anunciam solução desenvolvida no Brasil contra vazamento de dados de aplicativos de mensagens corporativos, como o WhatsApp Business.

À esquerda, Deborah Wanzo, CEO da Tuvis; à direita, Luiz Faro, diretor sênior de engenharia para Américas da Forcepoint (Imagem: divulgação)

Vice-líder em fraudes digitais, entre janeiro e setembro de 2025, o Brasil registrou 28 milhões de casos envolvendo golpes via Pix. Destes, 1,6 milhão aconteceram por meio do WhatsApp. O dados são de um levantamento feito pela Associação de Defesa de Dados Pessoais e do Consumidor (ADDP) e evidenciam uma fragilidade não apenas pessoal, mas também para as empresas.

Já em 2015, uma pesquisa global feita Regus mostrou que ao menos 86% dos 44 mil executivos entrevistados utilizam a plataforma dentro de suas organizações. Para os brasileiros, a ferramenta era a mais usada para comunicação remota (95%). De lá pra cá, o uso do WhatsApp cresceu ainda mais no país, com a plataforma se tornando o segundo principal mercado da companhia no mundo, com 147 milhões de usuários mensais, segundo a Statista, e ampliando ainda mais o campo de vulnerabilidades.

É diante deste cenário que a Forcepoint, empresa de cibersegurança, e a Tuvis, companhia de soluções de compliance e segurança para múltiplos canais de comunicação corporativa, anunciaram uma parceria estratégica para elevar o nível de proteção das organizações em interações realizadas por aplicativos de mensagens, como o WhatsApp Business.

Segundo Deborah Wanzo, CEO da Tuvis, a companhia já vinha conversando com diversas organizações incomodadas em utilizar mais de uma solução para seus canais de mensageria, ainda que preocupadas com possíveis vazamentos de dados. “Nós nascemos com o foco de trazer maior visibilidade para os times de negócio. E com os relatos, percebemos que o mercado de mensageria precisava de um one-stop shop para a parte de segurança”.

No Brasil desde 2019, a Tuvis investe em desenvolvimento de camadas de cibersegurança há três anos. No entanto, para este passo em específico, a companhia precisava de expertise escalabilidade. Foi então que surgiu a colaboração com a Forcepoint. Ambas tinham clientes em comum com as mesmas dores, mas desejavam também abrir novos mercados.

“Tanto a Tuvis conseguiu entrar em empresas que não poderiam usar a solução dela, porque tem um requisito de proteção de dados que ela não conseguia oferecer, quanto nós, da Forcepoint, entramos em operações que não tínhamos como defender o canal”, conta Luiz Faro, diretor sênior de Engenharia para Américas da Forcepoint.

Ao longo dos últimos meses, as empresas desenvolveram um canal de dados que, por meio da plataforma da Tuvis, envia informações diretamente para o Forcepoint DLP Policy Engine (Motor de Políticas DLP da companhia). A tecnologia captura informações compartilhadas nas conversas e avalia se o conteúdo está em conformidade com as políticas regulatórias definidas tanto pela solução quanto por cada organização.

Durante o processo, segundo Faro, o maior desafio foi criar um produto que garantisse a agilidade e a conveniência do canal. “Nós usamos o WhatsApp por causa da agilidade. E precisamos lidar com esse problema do timing da mensagem, porque normalmente, quando a gente fala de segurança, você paga conveniência para colocar segurança.”

Desta vez, no entanto, o pagamento foi driblado e a solução, até o momento, tem trazido bons frutos para ambas as empresas. Mesmo sendo desenvolvida no Brasil, a Forcepoint já tem pensado em ampliar o mercado e chegar em outros países como México, Colômbia e Chile. Quando perguntado sobre a adesão devido à diferença de tamanho do WhatsApp nestas regiões, Faro afirma que a procura tem acontecido e que existe uma demanda reprimida por este tipo de solução.

“Não acredito que o WhatsApp seja um fenômeno no brasileiro e sim que ele não é um fenômeno nos Estados Unidos. Mas, tirando a China, temos visto muita demanda reprimida para soluções com a plataforma, ainda mais na América Latina”

Para Debora, a busca pela novidade tem a ver também com uma maturidade recém adquirida das empresas em relação à cibersegurança em plataformas de mensageria. “Temos visto os clientes cada vez mais conscientes de que, quando se fala de mensageria, não olhar para o WhatApp é como trancar todos os cofres, mas deixar a porta dos fundos abertas”, afirma.

A executiva acredita que a demanda deve crescer nos próximos três anos, ainda mais com a chegada da inteligência artificial (IA) e o aumento no número de ataques, e afirma estar preparada conforme os desafios forem chegando. “Estamos empolgados com a parceria, com o essa conscientização do mercado brasileiro e estamos animados de ajudar a construir essa agenda tão importante”, finaliza.

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