Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

De tempos em tempos, há assuntos que vêm à tona e se tornam moda, já perceberam? Não porque tenham mais ou menos importância, mas um artigo, um livro, um curso passou a chamar a atenção.

 

Citando apenas alguns, tivemos períodos de grande divulgação da reengenharia, PPCP (planejamento, programação e controle de produção), controle de custos, formação de preços, ISO, e, com grande alarde, qualidade com seus controles e círculos.

 

Passado esses ciclos as empresas deixam de praticá-los?

 

Não, evidentemente que não. De forma nenhuma. O que ocorre é que o mercado prepara profissionais, com treinamentos e experiências práticas, quer em suas empresas ou em empresas especializadas, e a questão que era teórica se torna concreta e bastante óbvia.

 

As organizações com vocação maior para os avanços da gestão rapidamente aprendem e se adaptam à nova realidade. Vêm depois as empresas que aguardam a consolidação do assunto, e por último aquelas que demoram a perceber e aceitar a importância prática da abordagem.

 

Alguns temas retornam tempos depois com outra roupagem. Dessa forma, poderíamos questionar qual a vantagem de nos envolvermos novamente com eles?

 

Acredito ser fundamental colocarmos a organização sempre num processo de reflexão, o que é bem diferente de efetuarmos a revisão de uma técnica implantada.

 

Poderíamos considerar, então, que uma técnica se desgasta?

 

Vamos encontrar opiniões que dirão sim, outras que dirão não.

 

Prefiro considerar que esta se torna óbvia. Com isso, muitos debates praticamente são desnecessários. Primordial, quando aceitas e bem entendidas, é sua implementação. As empresas implantam as técnicas sob supervisão de especialistas, depois as moldam à suas culturas.

 

Esse conceito fica bem claro, quando falamos de custos, embora sirva para qualquer técnica, no livro extremamente interessante escrito por Thomaz H. Johnson, sob o título Relevance Lost: The Rise and Fall of management Accountig.  A abordagem é sobre o ganho e perda de relevância dos modelos de gestão na área de custos.

 

As últimas informações que tive dão conta que já foi traduzido para o português, uma busca pelo nome do autor pode confirmar.

 

O conceito de que excelência em qualidade é fundamental correu o mundo e fez de um pequeno país, estabelecido num arquipélago, uma potência. O que há para debater?

 

A questão é uma só: implante-se.

 

O próximo assunto que vai se tornar uma grande onda é o da criação e da inovação.  Para isso temos que ter nossas empresas com seus PCP, sistemas de custos, conceitos de formação de preços, sistema de qualidade consolidados, caso contrário como entrar na nova onda?

 

Encontro ainda empresas falando em controle de qualidade, quando este já ultrapassou o processo de produção, tornando-se um conceito, uma cultura, influenciando o conceito de produtividade.

 

Produtividade está diretamente relacionada com o fazer certo, da forma correta (eficácia) e fazer bem feito, atendendo o processo definido (eficiência). Algumas culturas a classificam como fazer bem feito na primeira vez. Com o tempo, alguns sistemas vão se consolidando e tornam-se indiscutíveis. Não atendê-los demonstra total incoerência.

 

Com qualidade é a mesma coisa. No mínimo nós temos que atender a percepção dos nossos clientes, afrontá-la seria uma irresponsabilidade. Nossos produtos têm que atender suas exigências, no primeiro contato, caso contrário não dá para falar em qualidade.

 

Qualidade, hoje em dia, demanda praticidade, implementação, ação, não mais discussões. Esse assunto, como objeto de debates, está ultrapassado.

 

Podemos aceitar ou não esse posicionamento, mas certamente os consumidores nos cobrarão caro a qualidade não percebida nos nossos produtos.

 

Esse assunto está fora de questão para você ou não?

 

 

Ivan Postigo

Diretor de Gestão Empresarial

Postigo Consultoria Comunicação e Gestão

Fones (11) 4526 1197 / (11) 9645 4652

 

Autor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira...

Free e-book: Prospecção de clientes e de oportunidades de negócios

www.postigoconsultoria.com.br

ivan@postigoconsultoria.com.br

Twitter: @ivanpostigo

 

Nossas maiores conquistas não estão relacionadas às empresas que ajudamos a superar barreiras e dificuldades, nem às pessoas que ensinamos diretamente, mas sim àquelas que aprendem conosco, sem saber disso, e que ensinamos, sem nos darmos conta.

 

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Comentário de julio cesar de souza em 12 maio 2012 às 18:48

 Concordo plenamente com o sr. mas pergunto-lhe:

- Seria realmente possível tornar as práticas da qualidade

   com "qualidade" sem um posicionamento claro sobre o

   conceito de qualidade no ensino fundamental e médio??? 

Vi Teoria Z, C.C.Q, Controle Total da Qualidade, 5S, etc....

por várias empresas e instituições por onde passei e no

começo é festa porém, passado o "AUÊ", as ferramentas

para a qualidade contínua são postadas sobre as mesas

e utilizadas como peso para papéis. O conceito de quali-

dade tem que ser tratado desde o início de nossas vidas:

qualidade nas tarefas mais corriqueiras, qualidade no tra-

to com os pais e os orientadores, qualidade em nossas exi-

gências, qualidade em nossos prazeres, ...

Com a educação básica precária que temos será muito difícil 

obter resultados satisfatórios nos indivíduos que formamos.

E sabemos que não é do interesse do sistema de "ESTADO" que

ora nos impõe um avanço na qualidade do ensino visto que é

dessa precariedade que os "POLITICALHAS" alimentam suas cam-

panhas eleitorais. Quando falam em reforma no ensino são somen-

te obras na construção civil que, como temos visto na mídia diaria-

mente, servem de escoadouro do tesouro nos cofres públicos.  

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