Fonte:|gazetaonline.globo.com|
No dia 11 de fevereiro será conhecido o novo proprietário do terreno onde fica a antiga fábrica
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oLÁ. Vcs podem me confirmar qual é a empresa que comprou a Brasperola? Att
Pessoal, preciso o telefone de contato da Vivabrás, pois o mesmo sempre está ocupado.
Já comprei Linho deles, juntamente com o Sr. Felipe Alchorne, e temos novas demandas pra fibra de Linho.
Como todos aqueles que vivem e respiram o têxtil, tive e tenho o prazer histórico de ter vivido a época áurea de empresas como Scala'Doro, Matarazzo, Cia Hering, Santista, Cianê, Garcia, Calfat, entre outras, bem como a Braspérola, que de fato foi um ícone.
Em algumas delas eu foi funcionário e outras visitei por motivos profissionais ou para conhece-las já que, por aquilo que representavam no mercado, viviam no nosso imaginário de excelência têxtil.
E por isso é difícil de entender o porque de algumas delas terem um fim tão melancólico, mesmo sabendo que tinham um mercado cativo e com pouca ou nenhuma concorrência.
É bom que se esclareça alguns pontos, que para alguns me parece de pouco entendimento. A Unidade Industrial que pertencia a antiga Braspérola e que está sob os cuidados da massa falida da Braspérola é a da cidade de Cariacica-ES, pois encontra-se assim desde seu fechamento no ano de 2001.
Para os que viveram a era Braspérola e possuem saudade dos seus produtos, podem encontrá-los nas boas lojas do ramo. Mesmo com dificuldades e sem o apoio dos governos e representantes financeiros dos mesmos, a nossa Unidade de Camaragibe-PE, mantida com capital próprio, está produzindo os mesmos artigos da antiga Braspérola, inclusive com equipamentos renovados, reformados e atualizados. Hoje já produzimos em pequena escala, os mais famosos tecidos Braspérola: YS129, 499F, 3001, 3019, entre outros.
Sabemos que a luta é grande e o caminho cheio de obstáculos, mas não estamos medindo esforços para mantermos a marca viva no mercado. Hoje, representada pela Vivabrás, pertencente ao grupo Vivalin, que comprou todo o Parque Industrial da Unidade de Pernambuco e todos os maquinários da Unidade de Cariacica, manteremos o mercado abastecido com os produtos Braspérola, com a mesma qualidade conhecida por muitos.
Quem desejar comprar os nossos produtos, favor entar em contato através do e-mail: comercial@vivabras.com.br
O mundo corporativo tem dessas coisas. A economia de mercado não perdoa os românticos e também os mal intencionados.
Desde que o cônsul Carlos Renaux em Brusque-SC e o comendador Matarazzo em São Paulo iniciaram a indústria têxtil no Brasil, dando oportunidade para a vasta indústria do vestuário, apareceram mais mal intencionados que românticos. Como disse o LB Pereiria abaixo, a indústria do vestuário precisa aprender a enxugar custos,(principalmente os românticos) nem que para isto precise reduzir o tamanho do ego e fundir a empresa com um concorrente, como fazem os grandes investidores (ex. de Itaú e Unibanco) Empresas com 150 modelos numa coleção que vende 20 mil peças por mes não é competitiva e a hora que os bancos fecharem a torneira do capital de giro ou desconto de duplicata irão para o mesmo caminho da Braspérola. Esse filme passa quase diariamente, e haja reprise...
Como técnico que fui, na Braspérola dos anos sessenta, tendo ainda trabalhado anteriormente no Linifício S. José em Petrópolis, ou seja fábricas dedicadas à tecidos de linho, com saudades me permito os seguintes comentários:
-Os empresários/famílias, que decidiram investir nesta área, o fizeram por amor à nobre fibra do linho. Lembremos do Santo Sudário e das múmias egípcias.
-Esqueceram se êles de pequeno detalhe. A matéria prima escassa, praticamente inexistia. Comparando diríamos. Decidir fabricar azeite em terras sem oliveiras. (A bem da verdade não posso omitir e louvar a postura do Linifício Leslie, que não negligênciou este importante detalhe, porém com plantio de linho em proporções factíveis, e muitos outros que fabricam/fabricavam tecido de linho a partir do fio importado.)
-A Fiação do linho é em úmido. Significa dizer, que para diversificar, fugindo do imbróglio importação/câmbio/divísas/etc, não havia a vertente fácil da mudança pela diversificação.
Fiquemos por aqui. Daria para escrever um livro, me reservo porém a lançar convite às carpideiras, no lamento ao ocorrido com O LINHO e todos que tiveram a ventura de sentir o seu aroma inconfundível dentro do tombado templo, nossa querida BRASPÉROLA.
Ingo Joachim Schymura
mais uma etapa desse final triste para a historia textil brasileira.
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