Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Coteminas: Unidade de Montes Claros (MG) tem a maior planta de reúso de efluentes têxteis do mundo

A melhor tecnologia, e amplamente empregada para tratar efluentes sanitários e industriais nos últimos 100 anos foi, sem dúvida, a de lodos ativados. Inclusive utilizada pela Neotex Consultoria Energética e Ambiental em mais de 200 de seus 530 projetos realizados na América do Sul desde 1970.

Exatamente no ano em que completa 40 anos, a empresa que conta com seu capital 100 % nacional, e que sempre esteve sob liderança do Eng. Jacques André Conchon desde a sua fundação, iniciou uma nova etapa tecnológica através do projeto Coteminas - Montes Claros (MG), onde foram utilizadas membranas de ultra filtração da alemã Huber, agora também com escritório no Brasil, como parte do processo MBR (Membrane Biological Reactor) eleito para a indústria têxtil do grupo.

Trata-se de um projeto revolucionário, que utiliza um dos componentes de maior eficácia nos dias de hoje: a economia operacional. Por serem membranas planas, e trabalharem em um sistema circular que gira em seu próprio eixo, ajudado por uma aeração branda cujas micro bolhas “viajam” lentamente por entre as membranas evitando acúmulo de material (partículas de lodo), a redução na freqüência de limpeza é significativa. Segundo o Eng. Jacques Conchon, a limpeza que era realizada semanalmente em projetos que utilizavam outros tipos de membranas, passou para intervalos de 6 (seis) meses com as membranas da Huber.

Outro aspecto muito importante é a pressão negativa a que o sistema é submetido, envolvendo potências extremamente baixas, já que, por serem planas e individuais, a área de atuação é bastante incrementada, “daí o nome VRM para este tipo de sistema, que significa Vacuum Rotative Membrane” explica o Eng. Jacques Conchon.

No caso da unidade da Coteminas de Montes Claros, aproveitando a adequação da Estação de Tratamento de Efluentes, foi introduzido o sistema VRM e que já opera há mais de 8 meses. Os resultados são surpreendentes, além de gerar um clarificado ausente de sólidos, a remoção da carga está bem acima do esperado e com valores médios de DBO final em 10 mg/L. “Já chegamos a 2,5 mg/L de DBO nas últimas semanas, um marco histórico em se tratando de efluente têxtil”, comemora o Eng. Jacques Conchon.

No que tange remoção da cor residual, é outra demonstração da eficácia do sistema. Hoje a média de eficiência desse parâmetro aponta 90 % da remoção da cor somente com o VRM. Gerando um clarificado com baixíssimas cargas orgânicas, alta remoção da cor, e ausência de patógenos (a peso molecular de corte das membranas é de 150 kDa), o que barra protozoários, bactérias e 99,99 % dos vírus, houve um grande aumento do potencial de reúso de água.

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Comentário de Jose Antonio Vieria Pinto em 14 junho 2010 às 17:59
So resta parabeniza-la esta grande industria, por este grande avanço no sistema de tratamento. E o meio ambiente agradeço esta grande conquista.

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