Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Indústria e varejo firmam parceria para aumentar a competitividade da cadeia têxtil

 
 Edmundo Lima, representante da ABVTEX,
 Rafael Cervone, presidente da Abit e  Flávio Rocha,
presidente do IDV  

Numa iniciativa inédita em prol da cadeia têxtil, a Abit (Associação Brasileira de Indústria Têxtil e de Confecção), a ABRAFAS (Associação Brasileira de Produtores de Fibras Artificiais e Sintéticas), a ABVTEX (Associação Brasileira do Varejo Têxtil) e o IDV (Instituto para o Desenvolvimento do Varejo), entidades que representam a indústria e o varejo têxteis, assinaram dia 27, na sede da Abit, um Memorando de Entendimento no sentido de aprofundar o diálogo que já vem ocorrendo entre as entidades e unir forças para atuarem em agendas convergentes que visam a fortalecer as relações e, principalmente, aumentar a competitividade das empresas.

A assinatura do Memorando foi realizada durante cerimônia na Abit, com a presença dos representantes das entidades. O Memorando identifica importantes temas de interesse comum que deverão fazer parte de um programa de ações a ser definido por um grupo de trabalho.

 “Não é saudável para um país que o varejo cresça, e sua indústria, que deveria abastecer o varejo, não participe desse crescimento. Podemos fortalecer toda a cadeia atuando em conjunto, pois é uma relação de interdependência, já que o varejo também precisa de fabricantes locais. Esse entendimento é comum para as duas partes e, por isso, conseguimos firmar essa parceria”, explica Rafael Cervone, presidente da Abit.

“Levamos um bom tempo para costurar esse acordo e estou feliz por termos conseguido. Mas foi só o começo. Vamos nos organizar para, em 90 dias, concluir um cronograma de ações. Temos, apesar de alguns pontos divergentes, muitos temas em comum e é nisso que vamos nos concentrar e trabalhar juntos, envolvendo, inclusive, sindicatos do setor”, declara Fernando Valente Pimentel, diretor-superintendente da Abit e um dos articuladores da parceria.

“Para a ABVTEX, este é um grande momento, pois representa a união de esforços por objetivos comuns de desenvolvimento do setor têxtil como um todo, da indústria ao varejo. O acordo proporciona o estabelecimento de diretrizes para o desenvolvimento sustentável de toda a cadeia têxtil”, afirma José Luiz da Cunha, diretor executivo da ABVTEX.

Segundo Flávio Rocha, presidente do IDV, este é um momento histórico. “Todos, indústria e varejo, estão unidos em prol do setor de confecção. Deixamos nossas divergências de lado e vamos focar em construir um setor forte para o Brasil. Uma cadeia fragmentada é uma usina de conflitos", explica.

“É um marco institucional importante, no qual todos os elos da cadeia irão discutir os seus problemas e buscarão soluções. É neste foro também que irão se desmistificar os mitos e traçar objetivos para o fortalecimento da cadeia, perseguindo-se metas”, diz Eduardo Cintra, diretor-executivo da Abrafas.
 

Pontos de convergência

 
A partir de agora, será criado um Grupo de Trabalho com representantes das quatro entidades para dar andamento às ações contempladas nos principais pontos do Memorando. São elas:
 
- Ações na área tributária a serem criadas, além das que já estão em andamento como:
•      RTCC (Regime Tributário Competitivo para Confecção): entregue ao governo federal em agosto de 2013, o pleito assinado pelas entidades visa ao tratamento tributário especial para as confecções que possibilite o crescimento e a consolidação das empresas, de forma a atender a demanda do crescente varejo brasileiro, com maior escala de produção e os decorrentes ganhos que se estenderão por toda a cadeia até o consumidor final.
 
- Ações de fortalecimento junto ao governo como:
•      KIT Enxoval: outro pleito assinado em conjunto pelas entidades busca a inclusão do setor têxtil no Minha Casa Melhor (cartão de financiamento do Minha Casa, Minha Vida), para produtos como cama, mesa, banho e tapetes.
 
- Ações de desenvolvimento de aspectos voltados à gestão, tecnologia, qualidade de produtos e serviços, inovação e práticas sociais e ambientais sustentáveis;
 
- Ações que levem à plena adoção das melhores práticas trabalhistas, tendo como referência mínima as já previstas na legislação brasileira, tanto na produção quanto no varejo de produtos feitos no Brasil.
 
- Ações de capacitação de produtores e varejistas com a finalidade de tornar mais eficiente e produtiva a cadeia nacional de suprimentos.
 
- Discussão para a harmonização, convergência e aumento da eficiência dos selos de conformidade existentes no setor, como, por exemplo, os selos QUAL e ABVTEX.

http://www.abit.org.br/Imprensa.aspx?NotId=1205

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Respostas a este tópico

“Não é saudável para um país que o varejo cresça, e sua indústria, que deveria abastecer o varejo, não participe desse crescimento.

isto acontece simplesmente por termos produtos importados com custos inferiores aos nacionais!!!parabenizo a iniciativa e torcemos para que possa aliviar o mercado, entretanto os custos Brasil ( impostos ) são exorbitantes!!!

 

Imposto por imposto, o importado tem 60% de impostos. A diferença está no custo da mão de obra, que pesa muito na confecção brasileira e nem tanto na confecção asiática. Sem colocar barreira alfandegária e sem tirar os direitos adquiridos dos trabalhadores, o desafio da profissão nacional será imenso...



Felipe Armel Dias da Silva disse:

Imposto por imposto, o importado tem 60% de impostos. A diferença está no custo da mão de obra, que pesa muito na confecção brasileira e nem tanto na confecção asiática. Sem colocar barreira alfandegária e sem tirar os direitos adquiridos dos trabalhadores, o desafio da profissão nacional será imenso...

Caro Felipe..boa noite...

há de considerar:

a) encargos trabalhistas Brasil x Asia é um dos grandes diferenciais, entre outros

b) o governo chines, desvaloriza a moeda, para poder baratear o produto chines...isto acontece com frequncia!! o usd dobe, desvaloriza-se a moeda

c) paga-se 60% sobre o valor fob para importar e teoricamente teriamos ainda mais 40% para os impostos brasileiros para poder comercializar os produtos...

d) a china não faz milagres,...apenas tem uma economia totalmente diferente do Brasil

e) nao podemos fazer globalização se nao tivermos equidade economica, ou seja isonomia...que é totalmente diferente  Brasil x China.

d) onde está a diferença???onde está o milagre chines??? os parametros economicos de cada país são totalmente diferentes...

 

tudo isto pesa na mão de obra, nao apenas de confecção, mas em toda a cadeia produtiva....e dá no que dá!!! vamos continuar a permitir que o sucateamento das industrias nacionais em favor dos estrangeiros???em favoreecimento à empregos em outros paises??onde está a nossa soberania??? onde vamos parar??? continuamos a cavar o cavar o fundo do poço até qdo???

abç/adalberto

 

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