Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Como a estamparia digital está transformando a moda

A estamparia digital é “provavelmente a maior inovação da moda do século 21″, declarou a colunista de moda Christina Binkley do Wall Street Journal. “As tecnologias de impressão digital permitem que os designers possam inovar e melhorar as suas coleções”, diz ela. O mundo da moda não pode viver sem as estampas e são elas que impulsionam as tendências como a cor e o estilo do vestuário. No mundo da moda atual, o design têxtil é o que marca a identidade para qualquer coleção.

Blog original: Como a estamparia digital está transformando a moda

A estamparia digital oferece resultados rápidos e é uma vantagem que pode ser crucial no mercado da moda, e não pode ser alcançado com serigrafia ou cilindro. O investimento atual das tecelagens em impressoras de grande formato tem como objetivo ser um recurso valioso para ambos os designers de moda e têxteis que procuram um impacto e precisão de cores, detalhes e impressão perfeita. Na impressão digital têxtil o estilista pode ter uma reprodução precisa de uma maior variedade de imagens sem a necessidade de separação de cores, e com os efeitos fotográficos exatos da imagem vista no computador. Essa nova técnica permite fazer alterações de cor e design de forma espontânea, e para obter detalhes sutis e complexos para imprimir com maior facilidade do que os métodos convencionais.

A tecnologia de impressão digital permite que os designers criativos possam ver impressos em tecidos as suas ideias de forma mais rápida e fiel ao que idealizaram. Abaixo vídeo do estúdio de estampas da Liberty em londres.

Vídeo disponível no blog Stylo Urbano

Os designers contam com a tecnologia digital dos programas Photoshop e Illustrator que são as melhores ferramentas para fazer a impressão digital. Antes dessa tecnologia o designer tinha que fazer tudo através de mesa de serigrafia ou estampa rotativa e isso levava mais tempo para produzir, tinha o custo de gravação e a metragem mínima era bem maior para ser estampada. Em contraste as impressoras digitais de tecido tendem a especializar-se em pequenas tiragens. No processo de serigrafia há uma tela para cada cor que vai ser estampada, e geralmente é um número limitado de cores, com uma média de seis a oito cores. Com a impressão digital não há limitações de cores. Se um designer criar um desenho com 500 cores, pela primeira vez na história da moda ele vai poder ser impresso no tecido. Não é o máximo?

Veja uma máquina de impressão digital estampando diretamente no tecido

Vídeo disponível no blog Stylo Urbano

Mas a tiragem pequena é apenas uma das razões por que os estilistas estão se voltando para a tecnologia digital. O principal apelo vem de sua relativa falta de limitações, em comparação com a da tela tradicional, e sua compatibilidade com as tecnologia que o estilistas estão usando durante o seu processo criativo. Na impressão digital o estilista pode imprimir o desenho da estampa para se encaixar perfeitamente na modelagem de sua roupa para dar um resultado diferente, fornecendo liberdade no processo criativo da coleção dando a roupa uma forma mais escultural como fazem os estilistas Alexander McQueen, Basso & Brooke, Elie Saab, Mary Katrantzou, Nathan Jenden e Prada.

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Colaboração épica entre a rede de fast fashion Topshop e a sacerdotisa inimitável da estamparia, Mary Katrantzou
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A Epson traz seus tecidos estampados digitalmente para as passarelas do Fashion Week 2015 em Nova York.

A empresa japonesa de eletrônicos Epson, conhecida por suas impressoras pessoais, está usando Semana de Moda de Nova York para apresentar ao mundo seus conhecimentos de impressão para o mundo da moda. Onze designers internacionais usaram uma impressora de sublimação de tinta da Epson para imprimir suas estampas. A  Epson SureColor Série F  utiliza o calor para transferir os corantes sobre materiais tais como tecido, papel ou plástico.

Vídeo disponível no blog Stylo Urbano

Ao contrário de serigrafia, a velocidade em que somos capazes de imprimir os tecidos é incrível“, disse o estilita Emilio Sosa, o criador da linha Esosa. “As cores das tintas são aplicadas em um único plano e não sequencialmente em camadas, o que nos permite usar a tecnologia para explorar novas possibilidades com imagens.” Enquanto o estilo de cada designer era bem diferente, a tecnologia de impressão da Epson estava por trás das estampas em cada tecido. “Os designers serão capazes de criar coisas mais rapidamente, porque não estarão mais dependentes do lento processo de impressão de serigrafia e cilindro“, disse o designer de moda com sede em Nova York, Leonor Silva. A capacidade de criação também aumentará porque não vai ter tantos obstáculos. Eu acredito que este é o caminho do futuro e em poucos anos, não vamos acreditar quanto tempo se levava para criar tecidos estampados.

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A impressão digital de sublimação para fibras de poliéster, usando tinta de sublimação, está ganhando muito espaço por causa do seu custo mais baixo, bem como o surgimento de tecidos de poliéster mais apropriados para roupas. Os dois processos se parecem, pois na origem os dois são digitais. Isto porque eles partem de um arquivo digital. A técnica de impressão digital é feita diretamente sobre o tecido, que após a impressão segue para o acabamento, onde se obtém mais qualidade no toque e coloração. No caso da sublimação o arquivo é impresso diretamente em um papel, que depois será levado para uma calandra onde ocorre o processo de transferência do desenho para o tecido por calor.

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A Epson não é a única empresa a utilizar este tipo de tecnologia. A Canon, Kodak, Sony e Fujifilm competem diretamente com Epson na arena de impressão de sublimação de tinta, uma tecnologia que já foi limitado a impressão industrial ou comercial. Impressoras de sublimação de tinta podem ser caras; pequenos modelos custam US $ 25.000, e os modelos de alto volume custam até US $ 300.000. Ainda assim, muitos estilistas preferem usar essa tecnologia em suas linhas de roupas. “A velocidade … nos permite criar a repetição em nossos tecidos, sem quaisquer restrições,” disse o estilita Sosa, acrescentando que quanto mais avançada fora a tecnologia envolvida, mais voltada para o futuro a moda será. O futuro da moda estará na tecnologia do tecido e o tecido inteligente irá agregar valor ao produto. Nada será como antes!

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Comentário de Régis Monteiro em 26 maio 2015 às 17:27

Valeu pelo retorno, Sérgio.

Bem, continuando em minhas buscas, tenho visto tecidos de poliéster com aparência  e toque bem parecidos com o algodão, apesar de achá-los transparentes demais (pelo menos os que encontrei). Alguém conhece o poliéster natural?! Tenho ouvido falar, mas ainda não consegui vê-lo ao vivo. Pelas características parece ser igual ao algodão, porém totalmente sublimável. Fiquei bem curioso!

Abçs.

Comentário de Sérgio Luis Ynoguti em 19 maio 2015 às 22:05

Olá Régis

Coincidentemente hoje estive no Show Room da Lunelli e vi esta malha Pet 50/50 (poli e algodão)

toque muito bom, ótima qualidade. Mas na sublimação como há pouca porcentagem de poliéster

(abaixo dos 60%) a estampa tende a ficar meio opaca e apagada.

Temos uma Kornit Thunder que utiliza uma tinta da Dupont específica para a máquina, a base d/água (não confundir com solúvel em água) Ótima definição e cores vibrantes. Há um teste Americano para aferir a durabilidade da estampa lavando-a 3X a 60°, a estampa não deve ter sinais visíveis de desgaste. A Kornit passou com folga neste teste.

O grande segredo na digital (além da qualidade da tinta é claro) é o pré tratamento e a cura. Sim na digital temos a mesma e até maior durabilidade que a sublimação. 

Comentário de Régis Monteiro em 19 maio 2015 às 17:55

Olá Sérgio. O principal motivo pelo qual ainda não me decidi pela sublimação é justamente por ela ser aplicável apenas em tecidos sintéticos. A malha PET (50/50 PA) se assemelha muito ao algodão e é bem interessante, mas a sublimação não é 100%. Vc tem experiência com tecido PET reciclado 100%? Sabe dizer se o toque e aparência são os mesmos do poliéster comum ou se tem alguma semelhança com o algodão? Pro tipo de trabalho que quero desenvolver, realmente a impressão têxtil direta seria perfeita, mas seu alto investimento está fora de questão. Aproveito para fazer uma pergunta sobre impressão direta: qual a durabilidade média? A imagem se mantém tão perfeita por tanto tempo quanto na sublimação? Um abç.

Comentário de antonio fsansak em 5 maio 2015 às 12:17

no comeco da materia e execelente, no meio ate o final vira um anuncio da epson, muda totalmente o foco, para sublimacao e promocao do plotter da epson, 

Comentário de Sérgio Luis Ynoguti em 4 maio 2015 às 11:00

Ótima matéria Renato, alias a da cutomização tb.

Atuamos nas duas áreas mas a "customerização" que seria a criação da peça única ainda engatinha aqui no Brasil, á 3 anos atrás tentei através de um site totalmente on line com aplicativo de criação americano deslanchar nesta arena, mas acho que era muito visionário e antecipado.

Temos uma impressora digital direta industrial localizada que muitas pessoas confundem com sublimação, umas das única do mercado que imprime em quase todos os tipos de tecido, ao contrário das que vc citou EPSON, KODAK etc... que só imprimem em algodão.

O problema da sublimação é que está restrita ao poliéster, tecido sintético conhecido por não  absorver o suor. Trabalhamos muito com viscose, viscolycra, algodão, flamê etc...  

Seria legal termos uma matéria que explique melhor a questão da impressão direta, se quiser posso ajudar.

abs

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