Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Em abril, indústria demitiu 83 pessoas a cada dia na região do ABC paulista. Setor Têxtil foi o que mais demitiu (-4,5%)

O nível de emprego na indústria teve queda de 1,16% no mês passado em relação a março. Foram 2.500 postos de trabalho cortados nas sete cidades da região em abril, o equivalente a pouco mais de 83 demissões por dia. No mesmo período de 2014, a redução foi de 0,58% na comparação com abril de 2013, o que equivaleu ao corte de 1.300 postos. Os dados foram divulgados ontem pelo Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo).

Apenas neste ano, o setor produtivo do Grande ABC apresentou diminuição de 3,01% na mão de obra, com 6.550 dispensas. No acumulado de 12 meses, 22,6 mil postos de trabalho foram fechados – retração de 9,67% no nível de emprego. No Estado, a tendência é contrária: 5.000 contratações foram feitas em abril, elevando o nível em 0,19%. A oscilação desde maio de 2014, porém, ficou negativa em 6,7%.

São Bernardo e Diadema foram as que mais demitiram na região. Em abril, 750 trabalhadores perderam o emprego na indústria em cada uma dessas cidades, queda de 0,88% e 1,61%, respectivamente. Em 12 meses, o número chega a 14,8 mil, somando os dois municípios – mais da metade do total da região. Diadema apresentou a maior variação negativa desde maio do ano passado: 14,28%. Em São Bernardo, a oscilação foi de -7,75%.

Proporcionalmente, São Caetano teve o pior índice da região em abril: a mão de obra encolheu 1,82%, com 400 empregados a menos. Entretanto, o município teve a menor queda em 12 meses, de 6,63% (1.600 pessoas).

A diretoria regional de Santo André (que também abrange Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra) apresentou retração de 0,95% no nível de emprego em abril , o equivalente a 550 cortes. Em 12 meses, o índice caiu 9,74% (6.200 dispensas).

Na região, os segmentos que mais demitiram em abril foram os de produtos têxteis (-4,5%); máquinas e equipamentos (-2,52%); produtos diversos (-2,1%); e veículos automotores e autopeças (-1,8%).

Vice-diretor do Ciesp de São Bernardo, Mauro Miaguti reivindica aumento no incentivo do governo federal às indústrias, e prevê que as demissões devem continuar pelos próximos meses. “O processo de desindustrialização no País ocorre há pelo menos cinco anos, e é reflexo da falta de políticas que beneficiem o setor produtivo nacional.”

O diretor titular do Ciesp de Diadema, Donizete Duarte da Silva, critica a qualidade da capacitação da mão de obra na indústria, o que, segundo ele, compromete a competitividade do setor no Brasil. “Vieram novas montadoras para o País, mas todas importam a matéria-prima. Nossas empresas estão sofrendo concorrência brutal. Como vamos chegar em uma fábrica e dizer para ela lançar um carro e que a gente desenvolve o serviço? Não dá. Vão trazer as peças de fora.” O empresário não vê solução a curto prazo. “A gente fala de melhorar a qualidade do profissional brasileiro há uns 30 anos. Agora não tem mais tempo. A crise está aí.”

Outro problema enfrentado é a alta carga tributária, na opinião de Norberto Perrela, vice-diretor do Ciesp de Santo André. “O mercado já estava ruim. Agora, com a desconfiança no governo até que sejam tomadas medidas que se mostrem definitivas, a tendência é piorar. Ninguém está investindo nesse período.” Ele adverte que a crise na indústria também prejudica outros setores, como comércio e serviços. 



FONTE: http://www.dgabc.com.br/Noticia/1341402/em-abril-industria-demitiu-...

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Miaguti, vai lá falar com o LULA, que criou o sindicato, a greve e a corrupção.

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