Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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"Sinto-me humilhada", diz aluna barrada por causa de look em faculdade no Rio

Camila Tavares, que faz MBA no campus carioca da FGV, postou nas redes sociais que sua entrada na instituição foi proibida só porque estava usando shorts.

Camila Tavares (Foto: Reprodução/Facebook)

Aprofissional de marketing Camila Tavares, aluna de MBA da Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro, denunciou na terça-feira (11) uma problemática ação da segurança da instituição. Segundo posts nas redes sociais, Camila foi proibida de assistir ao seu primeiro dia de aulas por não estar "vestida adequadamente".

Em publicações no Facebook e Instagram, ela escreveu: "Esta sou eu. Depois de ONZE meses esperando a transferência da FGV, vim para o primeiro dia de aula, finalmente, mas fui impedida de entrar porque não estou vestida adequadamente. Sinto-me humilhada, me arrependo de investir meu tempo e dinheiro nesta instituição elitista e discriminatória." Camila ainda acrescentou: "Disseram que é a regra deles em contrato. Pedi uma cópia do contrato que fala isso é que tenha a minha assinatura. Estudava aos sábados aqui e sempre me vesti assim."

Camila Tavares (Foto: Reprodução)

Procurada pela Vogue, Camila falou detalhes sobre o incidente. "Fiquei chateada. Sou aceita em todos os ambientes como o meu jeito de vestir, que não tem nada de provocante. Ao contrário, sou extremamente discreta", desabafou.

"É que eu ando muito a pé aqui no Rio e prefiro short à saia para me sentir mais protegida de alguma maneira. Ontem era minha volta às aulas e fui barrada por estar vestida inadequadamente", diz. "Argumentei que era um short de couro, que trabalho vestida assim, que nas aulas aos sábados que já fiz lá muitas pessoas já tinham ido com trajes parecidos, mas a recepcionista disse que eu não poderia entrar mesmo assim, que eram regras da FGV. Pedi permissão para ir à secretaria, pelo menos, que também foi negada. Eles sugeriram que eu fosse comprar uma roupa, mas eu não me sentia inadequada. Trabalho com Internet, sou formada em jornalismo, direito e marketing e minha carreira pede um visual despojado, assim como a cidade. Liguei para a secretaria do curso, que me informou que não poderia fazer nada e sugeriu que eu voltasse pra casa. Minha roupa é apenas uma expressão de quem eu sou e não tinha nada de inadequada. Não era traje de banho, não incomodaria outros alunos e nem desrespeitaria os professores. Isso é apenas uma regra antiga pronta para ser repensada."

Na composição do look de Camila, grifes sofisticadas e respeitadas pelo design sofisticado: camisa de seda Animale, shorts de couro Jazmin Chebar - "com dois números maior para ficar mais discreto", explica, adequado à temperatura de 27ºC na capital fluminense -, bolsa Schutz, sandália Animale, óculos Fendi, anéis H. Stern e choker do joalheiro Jack Vartanian.

Por meio de assessoria, a FGV declarou na quarta-feira (14) que irá investigar o caso. "A Fundação Getulio Vargas esclarece que vai examinar o alegado ocorrido".

http://vogue.globo.com/moda/gente/noticia/2017/04/sinto-me-humilhad...

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Respostas a este tópico

   "A Fundação Getulio Vargas esclarece que vai examinar o alegado ocorrido".

APOSTO, COMO SÃO ADMITIDAS PESSOAS, ESCANDALOSAMENTE VESTIDAS MAS, COM OS TRAJES "ACEITOS"!
Essa, dificilmente poderia estar mais discreta.

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