Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Ao procurar um novo emprego, os trabalhadores da indústria têxtil e vestuário da China estão cada vez mais preocupados com formação, condições de segurança e sindicalização – fatores que se têm sobreposto aos ordenados auferidos.

A China é o maior fabricante e comerciante de têxteis e vestuário do mundo, empregando mais de 10 milhões de pessoas nesta indústria.

A importância da produção com mão de obra intensiva para o desenvolvimento económico do país, portanto, não deve ser subestimada, destacou um relatório do suíço Multidisciplinary Digital Publishing Institute (MDPI), citado pelo portal Just-style.

Até ao final de 2015, apenas 26 convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT) relacionadas com o trabalho digno – idade mínima, salário mínimo, horário de trabalho e remunerações – tinham sido ratificadas pela China.

O governo chinês, contudo, iniciou uma reforma laboral como resposta às pressões de ONG’s, sindicatos e compradores internacionais preocupados com as condições de trabalho nas cadeias de aprovisionamento globais. Como resultado, o trabalho digno na indústria está a tornar-se uma realidade para muitos trabalhadores.

Trabalhadores insatisfeitos

Ainda que estejam a verificar-se algumas melhorias na indústria têxtil e vestuário do país, a insatisfação continua a fazer-se sentir em várias áreas, segundo o estudo, que inquiriu 313 trabalhadores de colarinho azul e 228 trabalhadores de colarinho branco.

A pesquisa revelou que os principais indicadores de trabalho digno, como o salário e horário de trabalho, precisam de ser melhorados.

Apesar de o governo ter tomado medidas para subir os salários através do aumento do salário mínimo e da implementação de novas leis de contrato de trabalho, os trabalhadores continuam insatisfeitos.

Verificou-se também que os trabalhadores de colarinho branco atribuem maior importância às condições relacionadas com o desenvolvimento da empresa, tratamento justo e equitativo e segurança no local de trabalho, quando procuram um novo emprego. A par dessas condições, os trabalhadores de colarinho azul valorizam também critérios associados à motivação humana, como a formação e a sindicalização.

«O aumento dos salários tem implicações na competitividade das empresas e o aumento dos custos pode afetar a competitividade das exportações quando comparado a outros países produtores de vestuário de baixo custo», refere o relatório. «No entanto, a recompensa monetária não é a única forma de fazer com que os trabalhadores se sintam valorizados e é possível proporcionar um ambiente de trabalho mais atraente para que os trabalhadores se sintam valorizados e motivados, apesar dos salários relativamente baixos», sublinha.

A atração e a retenção de colaboradores são especialmente importantes na indústria têxtil e vestuário, um sector de mão de obra intensiva onde os salários são relativamente baixos, os trabalhadores estão a tornar-se mais exigentes e as empresas a esforçar-se por recrutar trabalhadores qualificados.

«Considerando o baixo índice de satisfação para alguns critérios de trabalho digno, o governo deve trabalhar para aumentar a consciencialização sobre a importância e os benefícios do trabalho digno nas empresas de vestuário», destaca o relatório.

Uma segunda investigação mostrou ainda que uma força de trabalho envolvida estará provavelmente mais motivada e será mais fácil de reter, sendo também mais produtiva.

https://www.portugaltextil.com/trabalhadores-chineses-exigem-mais/

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AINDA BEM, É NATURAL DO SER HUMANO, NUM PRIMEIRO MOMENTO É SUSTENTO E VESTIMENTO, DEPOIS VEM MORADIA, DEPOIS CONSUMO DE OUTROS BENS DE CONSUMO, Q COM SEMI-ESCRAVIDÃO Ñ DÁ, ESPERAMOS Q ESTA SITUAÇÃO SE REFLITA BEM PARA NÓS.

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