Em carta aberta, as cem mulheres pedem à empresa que tome uma posição definitiva a fim de protegê-las contra assédios, principalmente os sexuais, tão comuns dentro da indústria da moda.
"RESPECT" é o nome do programa idealizado recentemente pela organização norte-americana sem fins lucrativos The Model Aliance que propõe que a Victoria's Secret "tome medidas para proteger o talento daqueles que aspiram a trabalhar na empresa" e, ainda, que faça uso de seu "poder e influência para trazer as mudanças que são urgentemenete necessárias ao setor".
A ideia baseou-se em um carta aberta à empresa de lingeries, onde encontra-se apontada a ligação entre a Victoria's Secret e Jeffrey Epstein, nome de um criminoso sexual já envolvido em escândalos sexuais nos EUA, entre eles tráfico sexual e envolvimento sexual com menores, e que fora encontrado morto na prisão de Nova York onde cumpria pena nesta sexta-feira, 09/08, sob suspeita de suicídio.
Outro nome que é mencionado na carta é de seu amigo próximo, Leslie Wexner, CEO da empresa L Brands, que está diretamente ligada à VS. Trechos do documento relatam que Leslie já teria se apresentado como recrutador da marca e, com isso, atacado sexualmente as modelos durante o processo.
Por fim, existem ainda acusações específicas contra, por exemplo, fotórgrafos da marca, que já apresentaram conduta sexual inapropriada e agressões quando trabalharam de perto com as meninas. Timur Emek, David Bellemere e Greg Kadel são os nomes mencionados em relação ao assunto.
A carta foi enviada nesta terça-feira, 06/08, a John Mehas, diretor executivo da Victoria's Secret, depois de o diretor de marketing, Ed Razed, ter se demitido do cargo. Foi ele quem no passado afirmou sobre a possibilidade de a marca não dar oportunidade de trabalho a modelos plus size ou transgênero, por exemplo, dando a entender que não era mesmo fácil participar do "clã" da VS.
Dias depois, por sua vez, a petição veio a público, em seguida a contratação de Valentina Sampaio, a primeira modelo transgênero que passou a integrar o time da linha Pink.
A ideia por trás desta manifestação de tamanho descontentamento por centenas de modelos pretende forçar a marca de lingeries a erradicar todos os tipos de abusos, mas, principalmente, os sexuais, tão presentes nesta indústria. Entre as modelos que assinaram a petição estão nomes notáveis da área e conhecidos pelo público, como por exemplo Chisty Turlington, Edie Campbell, Milla Jovovich, Doutzen Kroes e Gemma Ward.
"RESPECT"!
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É só demitir todas as mulheres e usar manequins para expor os produtos, vai ser bem melhor.
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