Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Aumento de preço de insumos como algodão aconteceu a partir do 2º trimestre de 2018 - Crédito: Divulgação

Com 147 anos de atividades ininterruptas, a mineira Cedro Cachoeira comemora uma história sólida na indústria têxtil, sem perder o foco nos desafios que a empresa ainda tem pela frente. Nos últimos anos, a principal estratégia da gestão tem se caracterizado pela busca por nichos de produtos de alto valor agregado para enfrentar melhor a concorrência dos produtos importados.

Atualmente com as linhas jeanswear, que tem foco na moda e a workware, voltada para a confecção de uniformes, a companhia tem investido na melhoria dos procedimentos industriais integrando aos produtos uma série de serviços como consultorias técnica e de moda. Além disso, foram feitos investimentos na modernização dos fios para que os tecidos tenham uma qualidade final melhor e na tecelagem com novos equipamentos para proporcionar, em maior volume, melhor aparência para os tecidos.

Concentrado na estratégia de agregação de valor, o diretor-presidente da Cedro Cachoeira, Marco Antônio Branquinho, ressalta que nos últimos 10 anos foram mais de 20 mil projetos de aperfeiçoamento nas áreas de qualidade, redução do custo, segurança e meio ambiente, desenvolvidos a partir de sugestões dos funcionários envolvidos no dia a dia da companhia em um processo colaborativo.

“É uma forma de utilizar o máximo da capacidade dos recursos produtivos e dos equipamentos que temos e combinar com a capacidade intelectual dos nossos colaboradores para pensar nas melhorias que podem ser implementadas nos processos”, afirma.

Com desempenho positivo no volume geral de atividade durante os quatro primeiros meses de 2018, o resultado da Cedro Cachoeira ao longo do ano foi impactado pela paralisação nacional dos caminhoneiros, que retraiu o ritmo de crescimento. Na avaliação de Branquinho, a expectativa para este ano é de uma retomada gradual e lenta a partir do 2º trimestre, uma vez que os três primeiros meses de 2019 acompanharam a retração do ano anterior.

Ele ressalta que o Natal ainda é a data mais significativa para a cadeia produtiva e que isso pode ajudar a impulsionar os resultados do ano. Para o diretor-presidente da companhia, a expectativa positiva projetada para o início do ano está começando a acontecer com seis meses de atraso.

“Projetamos um 3º trimestre mais aquecido como um reflexo das reformas que começam a aparecer e por outro lado porque historicamente são os meses de atividade mais forte do setor, com máximas produções e vendas para fazer entrega para as confecções que vão abastecer o varejo no Natal”, explica.

Mercado e desafios – Responsável por 15% a 20% da mão de obra industrial do País, o setor têxtil emprega diretamente cerca de 1,5 milhão de pessoas e, de forma indireta, pode chegar a 8 milhões de empregos gerados. Apesar da força do setor, as expectativas no fim do ano passado foram muito maiores do que o que efetivamente aconteceu durante o primeiro semestre de 2019.

O aumento de preço de insumos como algodão e produtos químicos, que aconteceu a partir do 2º trimestre de 2018, provocou uma pressão nos custos setoriais. Com índices de confiança baixos e empresários pouco dispostos a arriscar, Branquinho acredita em uma estabilidade dos resultados da indústria têxtil em relação ao desempenho de 2018.

“Temos observado uma vontade de retomar investimentos, aumentar os níveis de produção e capacidade, mas o mercado como um todo ainda está reprimido. Os preços de matéria-prima não foram repassados ainda até pela baixa demanda e baixa atividade do 1º trimestre e é o único sinal que ainda precisa de uma correção nos próximos meses”, comenta.

A concorrência globalizada, que tem a China como maior player é considerada por Branquinho como desleal. Segundo ele, a composição dos preços dos produtos não justifica os custos que supostamente tem devido a subsídios fortes dos países asiáticos, além das legislações trabalhistas e ambientais.

“Os encargos para os produtos brasileiros no País são corretos, mas os produtos que vem de fora não seguem as mesmas regras e isso não representa os mesmos custos para as companhias. A concorrência, quando não predatória, é pelo menos desleal”, conclui.

https://diariodocomercio.com.br/cedro-preve-retomada-gradual-em-2019/

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