Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Pesquisa apresenta a evolução da moda em escritórios, com o aumento de demanda pelo trabalho híbrido

Uma pesquisa recente realizada pelo IWG, líder global e nacional em espaços de trabalho flexíveis, como coworkings e escritórios, entrevistou trabalhadores que adotaram o modelo híbrido para entender suas percepções sobre moda nos ambientes de trabalho atuais e como eles adaptaram seus estilos para refletir tendências como o ‘Quiet Luxury’, ‘Dopamine Dressing’, ‘Preppy Streetwear’ e o estilo ‘Individualista’.

O levantamento foi conduzido com pessoas no regime de trabalho híbridos nos Estados Unidos, em agosto de 2023, e contou com a colaboração da estilista e consultora de Nova York, Diana Tsui, editora sênior da revista The Cut, conhecida por suas sessões de fotos com celebridades, incluindo Ali Wong, Zoe Kazan, Willem Dafoe e outros.

Mudanças de hábitos afeta a forma de se vestir: para 79% dos entrevistados, houve uma grande mudança na forma de se vestir devido aos horários flexíveis. Os homens foram os que mais modificaram seus guarda-roupas, com 85% relatando alterações, em comparação com 77% das mulheres e 62% das pessoas não-binárias ou fluidas. Para todos esses grupos, o conforto é o principal motivador, com 53% de todos os trabalhadores híbridos buscando roupas que facilitem suas atividades profissionais e pessoais no novo ambiente de trabalho. Além disso, 35% misturam elementos casuais e formais em sua vestimenta, enquanto apenas 21% afirmam estar mais “arrumados” do que antes de adotar o trabalho híbrido.

Antes da pandemia, 52% dos entrevistados gastavam cerca de US$250 a US$1.500 anualmente em roupas, em comparação com os atuais 54% que gastam a mesma quantia hoje em dia.

Tendências de moda

De acordo com as respostas dos entrevistados, quatro tendências da moda se destacaram entre os trabalhadores híbridos: ‘Quiet Luxury’ (47%), ‘Dopamine Dressing’ (38%), ‘Preppy Streetwear’ (25%) e o ‘estilo Individualista’ (22%).

‘Quiet Luxury’ – Para Tsui, talvez nenhuma tendência descreva melhor o trabalho híbrido do que a atual obsessão por redes sociais com o ‘Luxo Discreto’ (Quiet Luxury), que é representado por roupas e acessórios elegantes, juntamente com uma abordagem que valoriza o design, a fabricação e a usabilidade. “Essa é a reimaginação do traje de negócios para 2023. Não importa se você se identifica como Geração Z, Millenials, X ou Boomer; essa é uma maneira universalmente elegante de se vestir para o trabalho.”

‘Dopamine Dressing’, “apresentado por cores audaciosas e texturas ricas, reflete uma atitude otimista pós-pandêmica em relação ao vestuário, tanto no trabalho quanto fora dele”, diz Tsui. “Um suéter brilhante ou brincos chamativos podem ser profissionais e divertidos, especialmente em uma tela de Zoom.” ‘Dopamine Dressing’ é chamado assim por ser um estimulante instantâneo que pode elevar o ânimo.

‘Preppy Streetwear’ enfatiza a noção de uma ‘correria híbrida’, onde o estilo encontra funcionalidade. Com sua fusão de elementos refinados com uma estética urbana casual, a tendência simboliza uma partida das convenções rígidas e celebra a mistura de influências diversas para criar uma identidade contemporânea distinta. “Você só precisa olhar para a passarela como prova de que a moda de rua tem sido a principal força motriz na moda masculina nos últimos anos”, diz Tsui.

‘Estilo individualista’ conquista os trabalhadores devido ao seu arranjo flexível. Com a liberdade de escolher como e onde trabalhar, somado ao poder de se expressar através do que se veste, o estilo individualista ganha adeptos. “Especialmente entre os millenials mais jovens e a geração Z, a autoexpressão desafia as expectativas ultrapassadas e se reflete em sua escolha de roupas de escritório”, diz Tsui.

Adequação do dresscode ao mundo corporativo

Segundo 69% dos entrevistados, as roupas refletem o nível do cargo dentro de uma organização. Os Millennials são os mais rápidos em se adaptar a novas atitudes, com 86% renovando suas escolhas na hora de se vestir. Logo atrás está a Geração X, com 77%, e a Geração Z, com 74%. Por outro lado, os Boomers estão divididos, com 51% notando essa relação entre cargos e roupas.

Na maioria das empresas, segundo 57% dos trabalhadores híbridos, suas companhias apresentam um código de vestimenta, com 80% acreditando que essas diretrizes são “estritamente aplicadas”. O restante dos entrevistados apontou como inadequados por seus empregadores roupas de academia (58%), saias curtas (56%) e tops cropped (54%), mas que suas empresas permitem jeans (79%), tênis (78%), detalhes transparentes (56%), shorts (54%), bonés (49%) e chinelos (47%). Para 10% dos trabalhadores, entre 18 e 24 anos, ainda há dúvidas se suas companhias oferecem códigos de vestimenta.

Quando estão em dúvida sobre seu dress code, a maioria dos colaboradores recorre às orientações de seus chefes (19%), seguido por sites de lojas de varejo e redes sociais (14%) e o setor de Recursos Humanos da empresa (13%). Além disso, 12% confiam em seu próprio julgamento sobre o que vestir no escritório e nas chamadas de vídeo enquanto estão trabalhando.

Relação do uso de peças de roupa entre escritórios presenciais e o home office:

Fonte: Redação | Fotos: Divulgação

https://guiajeanswear.com.br/noticias/pesquisa-apresenta-a-evolucao...

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