Por Rennan Setti | A aprovação do projeto que taxa em 20% importados de até US$ 50 é uma vitória para varejistas e indústrias locais e equaliza — ou pelo menos atenua — as distorções na competição entre eles e as plataformas estrangeiras, avalia o BTG Pactual em relatório distribuído a clientes. Mesmo assim, a medida não deve frear o crescimento dos e-commerces internacionais no Brasil, preveem os analistas do banco.
“Companhias como Shein e Shopee (bem como outros pares estrangeiros, incluindo a Temu, que está prestes a iniciar operações no país) competirão sob as mesmas (ou pelo menos mais próximas) condições que os produtores/varejistas locais (o que pode levar a preços mais altos) e enfrentarão desafios semelhantes para aumentar sua capacidade de produção local, embora sua velocidade de entrada no mercado e a abordagem poderosa de vendas sociais permaneçam uma fortaleza em um mercado competitivo”, disse o relatório.
Até 33% mais baratos
O banco antecipa impactos positivos para varejistas listados na Bolsa brasileira, que vinham enfrentando dificuldades para competir com os rivais estrangeiros.
“As empresas listadas enfrentaram grande escrutínio desde meados do ano passado sobre esta questão. Comparando uma cesta de oito produtos entre varejistas locais (Renner, C&A, Riachuelo) e a Shein, a plataforma chinesa é 28% mais barata que a Renner, 31% mais barata que a Riachuelo e 33% mais barata que a C&A”, calculou o BTG.
Apesar disso, “continuamos a ver as plataformas estrangeiras como uma força crescente, o que inclui movimentos recentes para expandir o fornecimento local que deve diversificar sua produção/sortimento e melhorar os níveis de serviço.”
Fonte: O Globo
https://sbvc.com.br/imposto-sobre-importados-e-alivio-para-renner-c...
