Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Adesão tecnológica ainda passa por democratização entre pequenas e médias confecções

Nenhum país ocidental tem uma cadeia têxtil tão grande quanto o Brasil. Dados publicados no primeiro trimestre deste ano pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) mostram que, somente em 2022, o setor registrou faturamento superior a R$ 190 bilhões e produziu 8,07 bilhões de peças de roupa e acessórios, reforçando o protagonismo das empresas brasileiras. Apesar da posição de destaque, o segmento tem potencial de avançar ainda mais à medida que as pequenas e médias confecções também vêm sendo impactadas pela transformação digital.

A Audaces, multinacional referência em tecnologias para a indústria da moda e a solução mais utilizada tanto pelas pequenas quanto pelas grandes confecções brasileiras, aponta que a crescente digitalização e o fato de as máquinas e softwares especializados em fábricas têxteis estarem mais acessíveis, faz com que o mercado consiga avançar na democratização de tecnologias — antes restritas às grandes fábricas — para confecções de menor porte. Isso contribui para a competitividade e o crescimento desses negócios e também gera ganhos para o consumidor, que tem mais opções de escolha e faz a economia girar.

“O Brasil é um mar de oportunidades quando se pensa no desenvolvimento das confecções nacionais. Ainda existe uma infinidade de empresas que alcançam uma produção expressiva mesmo com muitos processos nada automatizados. Sabemos que, ao avançar na adoção de tecnologias, esse tipo de negócio dá um salto em diversos aspectos, desde aumento da produtividade, até o aumento da lucratividade. O principal desafio para esse avanço é na formação de mão de obra capacitada e esse é um desafio mundial”, afirma Rener Agostini, gerente de vendas Brasil na Audaces.

Entretanto, mesmo que o desenvolvimento de mão de obra seja precário não só no Brasil como também em boa parte da América Latina, alguns fatores ajudam o setor a permanecer em desenvolvimento. Dentre eles, o fato de a moda brasileira ser referência no mundo em função de sua criatividade e as cores estampadas em suas modelagens. Mas principalmente pelo país ser um dos mais avançados em termos de soluções tecnológicas para a área.

Os polos nacionais

A tecnologia permite, por exemplo, a criação de novos negócios liderados por empreendedores que antes não dominavam a confecção manual de roupas. Segundo dados públicos do governo federal, hoje o Brasil possui mais de 300 mil empresas com ao menos um CNAE (Classificação Nacional das Atividades Econômicas) com menção à confecção – 60 mil delas com dois ou mais funcionários.

Muitas dessas empresas ainda engatinham ou ainda não possuem automatização, mostrando que há um vasto mercado a ser explorado. Em contrapartida, conforme dados da Audaces, dentre as empresas que já têm processos digitalizados, 70% delas possuem ao menos alguma solução da companhia instalada. Essas empresas estão espalhadas por diferentes polos de confecção nacionais, indicando uma pulverização de oportunidades Brasil afora.

No sul, se destacam cidades como Brusque e Blumenau, em Santa Catarina, e as regiões de Cia Norte, Maringá e Londrina, no Paraná. No Centro-Oeste, Goiânia e cidades ao redor, que, possuem uma economia importante na indústria da moda. Os grandes centros do Rio de Janeiro e São Paulo também têm impacto significativo na digitalização, porque são áreas onde operam grandes marcas brasileiras e concentram uma enorme quantidade de confecções e lojas de varejo e atacado. No Nordeste, os estágios mais avançados são de empresas em atividade em Pernambuco, que tem vocação para a produção de jeans, e o Ceará, que vem se destacando ano a ano.

“Somos responsáveis por levar tecnologia para empoderar as pessoas que criam e produzem moda no mundo, por isso, ano após ano estamos aumentando nossa presença física nas principais cidades para o setor. Fazemos isso através de especialistas que tem o desafio de melhorar o dia a dia dos confeccionistas”, reforça Rener Agostini.

Tecnologia da ideação ao corte

Atualmente o ecossistema de inovação voltado para a indústria têxtil e da moda possui ferramentas capazes de ajudar todo tipo de empresa. Isso faz com que os profissionais no mercado encurtem o tempo para colher resultados a partir das tecnologias disponíveis. Geralmente os desafios de uma confecção são os mesmos para uma pequena e média empresa quanto para uma grande fábrica: todas precisam economizar tecido e desenvolver suas coleções de maneira mais rápida, e utilizar os recursos de maneira inteligente. Além disso, procuram soluções que ajudem a aumentar seu faturamento e melhorar suas margens de lucro e receita.

Assim, as grandes confecções costumam manter uma gama de parceiros que cobrem todas as etapas de criação, produção e distribuição das peças e têm muita atenção para a produtividade e automação. Hoje já existem soluções que oferecem pontos de integração entre sistemas e capazes de reduzir o retrabalho e acelerar processos com maior qualidade dos dados. Máquinas de corte de alta precisão também contribuem para um crescimento mais seguro e sustentável, garantindo uma completa gestão do processo de corte, do enfesto automático até a etiquetagem para identificação das peças já cortadas.

Entre as pequenas malharias, antes de qualquer tecnologia mais avançada, as confecções iniciantes precisam de máquinas para cortar o tecido, para depois fazer a costura de uma peça. “Para garantir um processo de modelagem e corte mais precisos, o Audaces360 Classic é normalmente o primeiro software contratado por uma confecção, pois garante o processo de digitalização básica e primordial para qualquer confecção: modelagem digital e encaixe automático dos moldes para otimizar o corte”.

O próximo passo na digitalização é buscar otimizar a criação das roupas e acessórios, incluindo a adesão de ferramentas para desenho e ficha técnica. “Costumamos dizer que tudo que é feito primeiro “no digital” é mais barato do que qualquer peça pilotada. Nossas soluções são pensadas para isso. Oferecem possibilidades de aprovação visual do modelo, antes de qualquer piloto, também permite a avaliação do pré-custo que o modelo terá, dessa maneira, caso haja qualquer desvio, se corrige ainda em tempo de desenho para que só depois da peça (digital) aprovada e o pré-custo dentro dos parâmetros estabelecidos é que se costura a primeira peça piloto”, explica.

Conforme o especialista, é muito comum as confecções ignorarem o custo envolvido no processo de pilotagem, mas a multinacional já identificou que uma peça piloto custa – em média – 10 vezes o custo padrão da peça. Além disso, não é raro que uma confecção esteja investindo mais de R$ 100.000,00 por coleção, apenas no processo de pilotagem. “As tecnologias da Audaces conseguem, normalmente, reduzir de 20 a 30% o volume de peças pilotos por coleção”.

Fonte: Redação | Foto: Divulgação

Por: Equipe Guia JeansWear

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