A desconstrução de padrões na moda começa na sala de aula: SENAI CETIQT promove ações que valorizam a inclusão

[Romildo de Paula Leite]

Através de projeto pedagógico, professoras da Faculdade SENAI CETIQT destacam a necessidade de inclusão na moda

Historicamente, a indústria da moda tem favorecido corpos que, considerados “belos” e “perfeitos”, são padronizados pela referência europeia, contribuindo para a estigmatização daqueles que não se enquadram nesse ideal. A desconstrução de padrões na moda é parte do debate que as professoras da Faculdade SENAI CETIQT fomentam com seus alunos. Roupas para diferentes corpos não apenas contribuem para valorizar identidades singulares, mas também favorecem a representatividade, promovendo uma visão mais realista e saudável da diversidade humana.

Cris Santos, professora de Ergonomia na Faculdade SENAI CETIQT, ressalta a importância de designers promoverem uma moda mais inclusiva “a moda pode ser um veículo de inclusão se suas criações contemplarem todos os tipos de corpos”, afirma. Isso inclui pessoas com deficiência, nanismo, mulheres mastectomizadas, pessoas trans, corpos gordos, entre outros. Segundo ela, um produto é inclusivo quando possui funcionalidades para pessoas com e sem deficiência, atendendo a todos, independentemente de suas limitações.

A professora também afirma que o design inclusivo promove diversas possibilidades de usos entre produto e usuário, reconhecendo as diferentes necessidades ao longo da vida.

“O ideal seria encontrar em uma loja roupas que vestissem a maior quantidade possível de corpos, com variações em tamanhos e sistemas adaptáveis. A falta de um pensamento inclusivo na moda perpetua a “ditadura do corpo perfeito” e afasta a “democratização dos corpos”, comenta.

Para driblar a exclusão promovida pela percepção de corpos “belos”, muito difundida nas mídias, alunos do curso de graduação em Design de Moda da Faculdade SENAI CETIQT desenvolveram um trabalho inovador. A proposta foi desafiar os padrões estabelecidos na moda, focando na inclusão. A iniciativa buscou não apenas desconstruir a associação entre moda e glamour, mas também iluminar a necessidade de atender a todos os tipos de corpos.

Essa reflexão com os estudantes de design de moda se faz necessário constantemente, visto que o desafio de compreender a vida cotidiana de pessoas pouco representadas na indústria da moda promove empatia e a conscientização.

A aluna Emilly Cherry, por exemplo, inspirada pelas disciplinas de Ergonomia e Comunicação Aplicada à Moda, decidiu criar uma coleção de bolsas para pessoas com deficiência como o seu Projeto de Conclusão de Curso (PCC). Ela foi encorajada pelas professoras Cris Santos e Solange Mezabarba a observar o cotidiano de sua tia, portadora de poliomielite.

Cris finaliza afirmando que “a busca por soluções inclusivas na moda deve ser uma prioridade. Iniciativas como a Lei de Cotas para PCDs e a criação de roupas adequadas a diversos corpos mostram que a moda pode promover inclusão e desconstruir padrões estéticos excludentes”.

Dia da Inclusão no SENAI CETIQT

Na Graduação de Design de Moda da Faculdade SENAI CETIQT os alunos aprendem a ter a percepção de que se faz necessário ter roupas para todos os tipos de corpos, ampliando os seus olhares para áreas e pessoas que ainda não estão devidamente incluídas nesse universo.

Na manhã do próximo dia 20 de junho, os alunos, sob a supervisão de docentes, vão promover uma roda de conversa denominada “Dia da Inclusão”, no auditório da Unidade da Barra da Tijuca, onde serão debatidos temas como a vida cotidiana de quem tem Nanismo, o acolhimento de imigrantes no Brasil e o mercado de trabalho dos LGBTQIAPN+.

Endereço completo SENAI CETIQT:

Unidade Barra da Tijuca – Av. Luís Carlos Prestes, 230

CEP: 22.775-055 – Rio de Janeiro – RJ

Para saber mais sobre a Faculdade acesse: https://cursos.cetiqt.senai.br/graduacao.html

por Andreia Homem

https://senaicetiqt.com/a-desconstrucao-de-padroes-na-moda-comeca-n...

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