Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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SENAI CETIQT marca presença no Summit de Inovação em Biotecnologia Vegetal da UFRJ

Realizado na primeira semana de junho, o evento foi destinado a alunos de graduação e pós-graduação, além de profissionais da área de biotecnologia.

Aconteceu nos dias 4 e 5 de junho, na Inovateca do Parque Tecnológico da UFRJ, o Summit de Inovação em Biotecnologia Vegetal, organizado pelo Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia Vegetal e Bioprocessos (PBV) da UFRJ, com apoio do Instituto SENAI de Inovação (ISI) em Biossintéticos e Fibras, do SENAI CETIQT. Com caráter multidisciplinar, as discussões envolveram bioeconomia, uso da biodiversidade, biocombustíveis, bioinsumos, entre outros, e teve como objetivo integrar a academia às empresas e indústrias do setor, promovendo um espaço de matchmaking e networking.

O evento iniciou com debates sobre o papel da pós-graduação para a bioinovação brasileira, com a Dra. Lucymara Agnez Lima, Coordenadora Adjunta de Programas Profissionais da área de Biotecnologia da CAPES, apresentando a palestra “O papel da pós-graduação em Biotecnologia em PD&I”. Ela destacou a importância da formação avançada para a inovação e desenvolvimento na biotecnologia, enfatizando a necessidade de fomentar a pesquisa de ponta e a integração entre as instituições de ensino e o mercado.

Em seguida, o Dr. Carlos Alberto Xavier Gonçalves, Pesquisador Consultor em Bioinformática do ISI em Biossintéticos e Fibras, debateu o tema “O que a indústria e o mercado procuram? Como aliar os avanços do conhecimento acadêmico em biotecnologia às necessidades do mercado?”. Ele ressaltou a importância do Summit para o Instituto. “É bom participar de eventos como esse para que possamos expor nossos projetos, além de poder conhecer novos possíveis parceiros. Também podemos mostrar a nossa infraestrutura, o que podemos realizar. E é importante que vejamos o que a universidade está fazendo. Isso nos ajuda a pensar em novas oportunidades“, declarou Carlos.

O Dr. Júlio Cezar Araújo do Espírito Santo, Head do ISI em Biotecnologia, discutiu “O foco na biotecnologia e seu papel na bioinovação brasileira”, ressaltando como a biotecnologia pode impulsionar a inovação no Brasil, desde a pesquisa básica até a aplicação industrial.

A Pesquisadora da área de Inteligência de Negócios do ISI em Biossintéticos e Fibras, atualmente professora visitante do PBV e integrante da organização do evento, Dra. Luana Nascimento, ressaltou a importância da união entre academia e indústria. “É crucial, quando se trata de algumas áreas, sobretudo, as mais tecnológicas, a integração da academia ao mercado. Porque é na academia onde surge muito da pesquisa básica que dá origem aos primórdios da inovação. É dentro da universidade que se tem o início do desenvolvimento de novos produtos, e esses produtos muitas vezes ficam parados no mundo acadêmico e não chegam até o setor industrial. Então, eventos como esse possibilitam que o setor acadêmico já entre em contato com o produtivo, identificando o que precisam. Quase não vemos esse tipo de discussão hoje em dia. Atualmente, os eventos são ou puramente acadêmicos, ou puramente mercadológicos, então buscamos fazer essa ponte, essa integração entre os dois mundos“, afirmou.

Na segunda rodada de palestras, a Dra. Fernanda Neumann explorou “Entendendo a tecnologia e a inovação: bioprospecção e elaboração de technology roadmaps“. A Dra. Valéria Marques, em sua palestra “A importância de um Conselho forte”, abordou a relevância de conselhos sólidos para o avanço e regulação das práticas biotecnológicas. Em seguida, a Dra. Daniela Uziel apresentou “Como pensar em inovação tecnológica nas universidades? Papel dos NITs”, destacando a importância dos Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs).

Encerrando a programação do primeiro dia, os alunos se dividiram entre uma visita à estrutura do Instituto SENAI de Inovação (ISI) em Biossintéticos e Fibras e uma rodada de apresentações de pitches com soluções elaboradas pelos pós-graduandos em biotecnologia vegetal.

Para o estudante Thiago da Costa, graduando do curso de Farmácia, na UFRJ, é muito importante a realização de eventos como o Summit para debater a questão da inovação. Ele afirma que os alunos precisam investir nessa área. “Parece que a gente fala muito de inovação, mas fica uma coisa muito distante, por isso eu estou achando incrível o evento. Ter contato com as tecnologias que a gente viu ali no Instituto também foi incrível porque a gente vê como as coisas funcionam com tecnologia de ponta“, disse.

O segundo dia iniciou com uma mesa de debates com os Drs. Allan de Amorim dos Santos – ISI em Biossintéticos e Fibras, Washington Luiz Esteves Magalhães – Embrapa Florestas, e Carla Aparecida de Oliveira Castro – South Carolina Forestry Commission, que discutiram sobre a “Biotecnologia aplicada à indústria de papel e celulose”, abordando avanços e desafios no setor.

Posteriormente, os Drs. Leandro Machado Rocha – PBV da UFRJ/UFF, Caio Pinho Fernandes – UNIFAEP, e Silvia Luciane Basso – Oleicos, falaram sobre o “Aproveitamento biotecnológico de metabólitos vegetais: aplicação aos setores farmacêutico e cosmético”, destacando cases de sucesso. A palestra “Aplicação biotecnológica de óleos vegetais para biocombustíveis”, com Msc. Fernanda de Souza Cardoso – ISI em Biossintéticos e Fibras, Dra. Yordanka Reyes Cruz – UFRJ, Dr. Graco Aurélio Viana – UFRN, e Dra. Vanessa Quitete Ribeiro da Silva – Embrapa Agrossilvipastoril, explorou o uso sustentável de óleos vegetais para a produção de biocombustíveis.

À tarde, mesas-redondas discutiram “Microbiologia, biotecnologia vegetal e bioinsumos” e “Algas: fontes de fibras, produtos e energia”, com diversos especialistas, como os Drs. Andrew Macrae – PBV UFRJ, Marco Antônio Nogueira – Embrapa Soja, Edsmar Carvalho Resende – 10b Consultoria, Prof. Levi Pompermayer – UNESP, Thiago Sampaio – Cia das Algas e Prof. Ricardo Chaloub – PBV UFRJ. A última mesa, “Da bancada ao mercado: melhoramento genético vegetal e novos impactos na indústria”, contou com o Dr. Márcio Ferreira Alves – PBV UFRJ, Dra. Maria Fátima Grossi de Sá – Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia e Dr. Gonçalo Apolinário – UENF.

Rodrigo Cano, especialista em Inovação Aberta e Novos Negócios na Symbiomics, encerrou o evento com a palestra “Como transformar minhas ideias em negócios”, onde compartilhou estratégias para transformar ideias inovadoras em startups de sucesso.

O estudante Adailton Macedo, que atua na área de tecnologia, aliada às ciências biológicas, ressaltou sobre como o evento pode ajudar a orientar os alunos que participaram. Ele também é integrante de um projeto de coordenação da doutora Bianca Ortiz, professora do PBV, uma das organizadoras do Summit. “É sempre muito bom ouvir as falas de todos os palestrantes que estão aqui. A intenção é difundir cada vez mais, abrir o leque de opções de conhecimento em todas as áreas possíveis, para que a gente possa entender melhor quais são os caminhos que podemos seguir, além da realização profissional que a gente espera“, concluiu.

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